A BANALIZAÇÃO DO AMOR

30/04/2015

João 13.31-35
“Eu lhes dou este novo mandamento: amem uns aos outros. Assim como eu os amei, amem também uns aos outros.” (v. 34)

Em nosso cotidiano percebe-se que muitas palavras têm perdido o seu sentido original, viraram chavões ou estão sendo banalizadas. A palavra amor é um exemplo. É dita “automaticamente” para todos e para tudo. Em estampas de camisetas é possível ler: eu amo pastel de feira, “eu amo cosméticos”, “eu amo carros”. Amor deixou de ser uma ação em favor da vida de alguém, ou da coletividade, para descrever um gosto pessoal, uma paixão qualquer, ou desejos interesseiros.

No corre-corre do mundo moderno, os deuses capitalismo e consumismo, nos incitam a “amarmos” cada vez mais o dinheiro e aquilo que se pode comprar ou vender, não nosso semelhante. Acredita-se que os bens materiais é que são a fonte de toda a felicidade. Consequentemente, o que vemos cada vez mais é um mundo carente de amor, e o crescimento do número de abandonados, famintos, violentados, etc. A impressão que temos é que cada vez mais as pessoas estão amando mais as coisas, os objetos e usando as pessoas. Quando o correto seria amarmos mais as pessoas e usarmos as coisas.

De Jesus aprendemos a ver a vida de forma diferente: “assim como eu os amei, amem também uns aos outros”. Ele é a Fonte da qual devemos beber todos os dias para não banalizarmos as nossas relações e a existência. Temos que reconhecer que nossa sociedade se distanciou muito dessa Fonte e urge voltarmos a ela, sob pena de nossos dias serem vazios e sem referenciais éticos. Quem beber dessa Fonte irá ressignificar a palavra amor e fará dela uma vocação: “Fé e amor perfazem a natureza do cristão. A fé recebe, o amor dá; a fé leva a pessoa a Deus, o amor a aproxima das demais. Através da fé ela aceita os benefícios de Deus, através do amor ela beneficia seus semelhantes” (M. Lutero). Bebamos, pois, dessa Fonte! Amém.

Oração: Senhor Deus e Pai!
Livra-nos da banalização do amor. Ajuda-nos a ressignificá-lo a partir de fé em Ti. Dá que bebamos da verdadeira Fonte do amor que é Cristo Jesus e vivamos nossos dias com sentido, a serviço da vida e do bem comum. Amém.
 


Autor(a): P. Alberi Neumann
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste
Testamento: Novo / Livro: João / Capitulo: 13 / Versículo Inicial: 31 / Versículo Final: 35
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 33178
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Filipenses 2.4
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