02/10/2022 – 17º Domingo Após Pentecostes
Pregação: 2 Timóteo 1.1-14
Leituras: Sl 37.1-10; Lc 17.5-10
P. Ricardo Brosowski – Campo Novo do Parecis – MT
LITURGIA DE ABERTURA
ACOLHIDA
Bom dia / Boa tarde / Boa noite!
Chegamos ao mês da Reforma. Quinhentos e cinco anos, onde lembramos que uma Igreja da Reforma está sempre em Reforma.
Saúdo vocês com as palavras do lema da semana: “-Ó Deus, eu falarei a respeito de ti aos meus irmãos e te louvarei na reunião do povo” (Hebreus 2.12).
Que possamos, animados pelo amor de Deus e pela sua santa Palavra, falar a respeito das grandes coisas que Deus fez por nós. E juntos, como irmãos, possamos louvar ao Senhor. Amém.
Acolher os/as visitantes
CANTO DE ENTRADA
Nº 20 – Livro de Canto da IECLB – Jesus, em tua presença.
Ou: Nº ____________________________________________________
SAUDAÇÃO
Envoltos pelo amor de Deus, nos reunimos aqui, em culto, no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (+). Amém.
CANTOS DE INVOCAÇÃO
Nº 3 – Livro de Canto da IECLB – Deus Trino.
Ou: Nº ____________________________________________________
CONFISSÃO DE PECADOS
Confessemos nossos pecados:
Senhor, nosso Pai: Tens nos concedido amor tão grande, que até somos chamados de teus filhos e filhas. Sabendo dessa filiação também sabemos que relacionamento contigo. Não por nosso mérito e obra, mas por tua misericórdia sem fim. Somos pecadores, não merecemos a tua graça. Deixamos de fazer a tua vontade e de cumprir teus ensinamentos. Estamos marcados, inteiramente, pelo nosso erro, a ponto de não se achar nada de são em nós. Por isso reconhecemos: precisamos de ti.
Em tuas mãos estão a misericórdia e o perdão. Salvamos segundo a tua promessa. Que possamos olhar sempre para Cristo, pois nele estamos seguros. Pela glória do teu Santo nome é que oramos. Amém.
ANÚNCIO DO PERDÃO
Pelas palavras da carta aos efésios somos lembrados: “A graça foi concedida a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo” (Ef. 4.7). Nessa graça concedida, temos, pela fé, perdão completo de nossos erros e transgressões. Que possamos lembrar disso: Cristo assumiu nossas dores. Que possamos assim viver e que esse também seja o padrão do nosso agir. Amém.
KYRIE
Mesmo perdoados, a marca de nossos pecados permanecem. Ao olharmos ao nosso redor vemos o ódio, a vingança, a guerra, os rumores de mais guerras, a fome, o desprezo para com a vida. Diante de todas essas dores cantamos:
Nº 67 – Livro de Canto da IECLB – Pelas dores deste mundo.
GLÓRIA IN EXCELSIS
Deus não está longe de nós. Pelo contrário, está sempre de novo ao nosso lado. Por isso podemos cantar glória a Deus nas maiores alturas:
Nº 346 – HPD – Glória.
ORAÇÃO DO DIA
Vamos orar: Senhor, nós te pedimos: Concede que a tua misericórdia purifique, guie e defenda a tua Igreja, pois sem teu socorro ela não pode subsistir. Nós somos a tua Igreja, e somos fracos, precisamos do teu apoio e de tua guarda. Fortalece-nos na meditação da tua Palavra, preserva-nos de todo o mal, por tua bondade e auxilio. Oramos em nome de Jesus Cristo, que morreu e ao terceiro dia ressuscitou, que subiu aos céus e contigo e com o Espírito Santo vive e reina desde sempre e para sempre. Amém.
LITURGIA DA PALAVRA
LEITURAS BÍBLICAS
Queremos ouvir a nossa primeira leitura do dia de hoje. Aclamamos o evangelho cantando:
Nº 177 – Livro de Canto da IECLB – Aleluia (liturgia prussiana).
1ª Leitura Bíblica: Lucas 17.5-10.
Também vamos ouvir a nossa segunda leitura do hoje:
2ª Leitura Bíblica: Salmo 37.1-10.
CÂNTICO INTERMEDIÁRIO
Nº 576 – Livro de Canto da IECLB – Jesus, pastor amado.
PREGAÇÃO
(A leitura do texto da pregação se dá no decorrer desta)
É sempre muito interessante conversar com pais que veem os filhos sair de casa para estudar, trabalhar, servir o exército, casar, etc. Normalmente esses pais seguem uma mesma reclamação: “Queria poder estar mais perto de meus filhos!” Nessa afirmação estão inclusos os possíveis puxões de orelha que possam ser necessários, mas também os conselhos, os cuidados, os carinhos e, principalmente, a presença.
Essas atitudes não possuem laços sanguíneos. Assim como toda pessoa que possui uma vivência maior anseia por aconselhar (na ideia de ser auxílio) aqueles que possuem uma vivência menor; aqueles que são mais novos deveriam desejar ouvir as instruções dos mais experientes.
No texto de Lucas, que ouvimos antes, temos Jesus aconselhando seus discípulos. Ao pedirem mais fé a Jesus, os discípulos ouvem sobre o seu poder: “Se vocês tiverem uma fé do tamanho da semente de mostarda: -Arranque-se pelas raízes e vá se plantar no mar! E ela obedeceria”.
A fé humana é pequena, ainda assim, Jesus continua: “depois de fazerem tudo o que foi mandado, digam: Somos empregados que nada valem, pois fizemos somente o nosso dever”. Nesse conselho estão inclusas algumas questões importantes: Todo discípulo tem a tarefa de anunciar o Reino de Deus, apesar de sua pequena fé. Esse anuncio não deve ser feito de qualquer modo, mas com dedicação. E, depois de tudo isso, ainda deve lembrar: os frutos desse anúncio não são méritos para os discípulos.
No Salmo 37, também lido antes, ouvimos alguns conselhos que podem parecer estranhos, mas que, ao encontrarem pessoas cansadas, trazem alento, esperança e força para continuar a caminhada: Não se aborreça por causa dos maus; confie em Deus, o Senhor, e faça o bem; que a sua felicidade esteja no Altíssimo; ponha sua vida no Senhor, confie nele; não se irrite com os que vencem na vida nem tenha inveja; não fique com raiva, não fique furioso, não se aborreça...
Na prática, esses conselhos servem como uma espécie de instruções que visam auxiliar a vida daqueles que estão a menos tempo na caminhada. Em alguns momentos, esse processo de falar sobre a vida, mostrando seus percalços e alegrias, e fornecendo auxilio para a vida, soam quase como um testamento.
Tem um ditado que diz: “Se conselho fosse bom não se dava, se vendia”. Contudo, quando um ser humano se preocupa com outro, não necessariamente num tom familiar, mas numa forma paternal e fraternal, uma orientação, uma instrução ou conselho pode ganhar ares extremamente positivos.
Convido para lermos o texto de 2 Timóteo 1.1-14.
O apóstolo Paulo está preso. Ele começa a vislumbrar o final de seu ministério (e também da sua vida), e quer transmitir para Timóteo, seu colaborador, coisas que ele considera extremamente importantes.
Ao escrever essa carta, estando preso em Roma, Paulo era sabedor de que sua morte se aproximava. Como deve ser difícil escrever ou dizer algo numa situação dessas. Enfrentando os medos e as dores derradeiras, com suas certezas e muitos questionamentos, Paulo decide encorajar o jovem Timóteo a continuar cumprindo sua tarefa missionária.
O reformador Martim Lutero escreve: “Está é uma carta de despedida onde Paulo exorta a continuar como começou, promovendo o evangelho”. Promover o evangelho, antes de mais nada, é levar o anuncio daquilo que Cristo fez para todas as pessoas. E isso se dá, apesar dos problemas que a vida possa trazer, das dores, das crises, apesar também dos afastamentos que vão ocorrer, inevitavelmente.
Paulo está preocupado com Timóteo. E, muito para além da relação de trabalho, mostrando uma relação de fraternidade, Paulo se dirige a Timóteo demonstrando sua confiança, intimidade e uma afinidade de cuidado mútuos. O apóstolo lembra e instruí Timóteo, lembrando-o do compromisso existente na tarefa de pregar o evangelho.
Timóteo era jovem, em torno dos trinta anos. Tinha uma timidez misturada com um certo acanhamento e insegurança – coisa natural nos jovens. Apesar de sua juventude, sofria com uma gastrite crônica e frequentes enfermidades (1Tm 5.23). Com isso podemos perceber que o destinatário desta carta não era um super-homem. Era um homem comum, simples, e, sabendo disso, Paulo quer, pela última vez, cuidar dele e orientá-lo.
O jovem líder é animado por Paulo a fazer aquilo que já vinha fazendo. Timóteo era líder da comunidade de Éfeso. E, lá, colocava em prática os dons e talentos que Deus concedeu a ele. Esses dons e talentos não são propriedade de quem os possui.
Dons e talentos são dados por Deus. Ser líder de uma comunidade é algo que, por vezes, desgasta. Quem de nós nunca ouviu: Sempre sobra para os mesmos... Isso nunca muda... Pensando nesse desgaste Paulo lembra a seu discípulo que é Deus quem chama e capacita através dos dons que concede a cada um. Desse modo, os dons que ele recebeu, foram concedidos pelo próprio Deus a ele.
Contudo, essas dádivas precisam ser exercitadas em poder, amor e moderação. Ou seja, dons e talentos não servem para engrandecimento pessoal, ou para ficarem escondidos. Precisam ser colocados em prática. Isso se dá na pregação da Palavra de Deus, na evangelização – que é a expressão de amor por aqueles que ainda não conhecem o evangelho, e também na liderança comunitária, com parcimônia na condução das crises inerentes a qualquer junção de pessoas.
Para isso, Paulo afirma que Timóteo deveria ter em seu caráter e forma de agir alguns atributos essenciais:
1 – Coragem (Versículo 7):
É necessário possuir coragem para servir a Jesus Cristo. Como diz uma dessas frases de para-choque de caminhão: “Coragem não é a ausência do medo, mas seguir em frente apesar do medo”.
Deus capacita homens e mulheres, não para que ajam com covardia. Mas para que suas atitudes, pensamentos e palavras sejam marcados pela coragem e pelo amor. Essa coragem não nasce na confiança na força própria, mas em Deus. Assim, qualquer sofrimento que possa aparecer, pode ser enfrentado, pois o próprio Senhor está com aqueles que anunciam a sua mensagem.
2 – Arrojo (Versículo 8-12):
Paulo fala a Timóteo de modo profundo para que tenha brio, destemor, mas que acima de tudo não tenha vergonha. O ministério da liderança de uma igreja pode ser marcado pelo sofrimento, mas jamais pela vergonha.
Não se deve ter vergonha do nome de Cristo, pois somente nesse nome é que encontramos salvação. Não se pode ter vergonha do povo de Jesus Cristo, pois todos fazem parte desse corpo. Não há motivo para se envergonhar do evangelho de Cristo, pois nele todas pessoas podem encontrar cuidado, perdão e salvação.
3 – Fidelidade (Versículos 13-14):
Fidelidade é aprender a esperar com paciência, esperança e perseverança. Saber que o caminho estará cheio de dificuldades, pessoas difíceis, pedras, também existirão os fracassos. Contudo, ainda assim, saber por qual motivo se faz aquilo que se faz.
A fidelidade está em sempre apontar para fora, nunca para si mesmo. E mesmo que o sofrimento ocorra na carne, trazendo dor, isolamento e até a morte, esperar esperançosamente em Cristo, e apontar para ele em todos os momentos.
Mas bem, estamos em Dois Mil e Vinte e Dois! O que podemos aprender disso ainda hoje?
1 – Aprendamos a ouvir os conselhos que nos são dados em amor e responsabilidade. Se não conseguimos aprender com as vitórias dos outros, não cairmos nos mesmos erros já é um bom começo. O salmo nos lembra disso, Paulo também nos lembra disso.
2 – Em um mundo em que muitos problemas se opõe a mensagem do evangelho, é necessário que os lideres tenham coragem, arrojo e fidelidade à vontade do Senhor. O que somos? O que queremos ser? Qual a nossa missão? O artigo 3º da constituição da nossa Igreja pode nos ajudar: “-Em obediência ao mandamento do Senhor, a IECLB (nós somos a IECLB) tem por fim e missão: I - propagar o Evangelho de Jesus Cristo; II - estimular a vivência evangélica pessoal, familiar e comunitária; III - promover a paz, a justiça e o amor na sociedade; IV - participar do testemunho do Evangelho no País e no mundo”.
3 – Tudo o que fizermos e falarmos, como ouvimos na leitura do evangelho, é nossa obrigação como servos do Senhor. Lutero nos lembra: “Por que mérito recebemos essa justiça, filiação e herança da vida eterna? Por mérito algum... Qual foi o mérito? Não foi nosso, mas de Jesus Cristo, o Filho de Deus, que foi colocado sob a lei, não para si mesmo, mas para nós”. É para esse Jesus Cristo que devemos apontar, sempre.
Que possamos em amor, servir ao Senhor com alegria, estendendo nossas mãos e pronunciando a salvação que Jesus Cristo nos concede, com coragem, ousadia e fidelidade. Amém.
HINO
Nº 588 – Livro de Canto da IECLB – Quem quer cantar do amor
CONFISSÃO DE FÉ
Ouvimos a palavra de Deus, queremos como irmãos confessar a nossa fé. Usamos as palavras do Credo Niceno-Constantinopolitano (pode ser impresso ou projetado).
(Disponível em: < https://www.luteranos.com.br/textos/credo-niceno-constantinopolitano>.)
Creio em um só Deus, o Pai onipotente, criador do céu e da terra, de todas as coisas, visíveis e invisíveis.
E em um só Senhor Jesus Cristo, Filho unigênito de Deus e nascido do Pai antes de todos os séculos,
Deus de Deus, Luz de Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado, não feito, consubstancial com o Pai, por quem foram feitas todas as coisas; o qual, por nós homens e pela nossa salvação, desceu do céu, e encarnou, pelo Espírito Santo, na Virgem Maria, e se fez homem; foi crucificado em nosso favor sob o poder de Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado; e ao terceiro dia ressuscitou, segundo as Escrituras; e subiu aos céus; está sentado à destra do Pai, e virá pela segunda vez, em glória, para julgar os vivos e os mortos; e seu reino não terá fim.
E no Espírito Santo, Senhor e vivificador, o qual procede do Pai e do Filho; que juntamente com o Pai e o Filho é adorado e glorificado; que falou pelos profetas. E a igreja una, santa, católica e apostólica. Confesso um só batismo, para a remissão dos pecados,
e espero a ressurreição dos mortos e a vida do século vindouro. Amém.
CANTO PÓS CONFISSÃO (proceder motivação e o recolhimento das ofertas)
Queremos também recolher as nossas ofertas nesse momento.
Nº 526 – Livro de Canto da IECLB – Glória pra sempre
ORAÇÃO DE INTERCESSÃO
(Levantar previamente os motivos de Oração)
Nos colocamos de pé, vamos orar:
Todo-poderoso Deus, Pai de misericórdias. Nós te louvamos e agradecemos, pois, apesar de sermos pecadores, tens erguido o teu reino nesse mundo Te agradecemos por tua Palavra, pela oportunidade de chegarmos até Ti em oração e pela comunidade aqui reunida nesse dia. Te agradecemos pela alegria e ânimo que tens concedido aos teus filhos e filhas.
Pedimos-te: dê animo à tua Igreja, para que sempre testemunhe o teu evangelho. Conserva-nos em teus caminhos, mesmo quando estivermos tristes, em perigo ou em momentos de dor. Concede-nos coragem, ousadia e fidelidade ao cumprir teus ensinamentos e vivenciarmos o teu Reino.
Pedimos por nossa pátria, estado e município nesse momento. Que possamos ser guiados por boas autoridades. Cuida de nossa comunidade, paróquia, sínodo e de toda a Igreja. Levanta no seio da comunidade ministras e ministros para te servirem nas comunidades. Cuida de nossos presbitérios, concedendo sabedoria e ânimo. Abençoa todos os nossos membros, para que sejam multiplicadores do anuncio de teu amor.
Lembramos dos motivos que estão em nossas mentes e corações (incluir os motivos antes levantados):
1. Aniversariantes
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Santifica os matrimônios, dá que os lares sejam lugares de bênçãos, amor e tranquilidade. Consola os nossos enlutados. Concede companhia aos doentes. Sacia os esfomeados. Dá segurança aos que sofrem com a violência. Por fim, dá a todos nós, por Cristo Jesus, um fim santo e bem-aventurado. Em nome de Jesus Cristo, que nos ensinou a orar assim:
PAI NOSSO
Pai nosso ...
LITURGIA DE DESPEDIDA
AVISOS
Próximo Culto: ___/___/______ às ___:___ h.
Oferta último Culto: R$ _________ - destinada para ...
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BÊNÇÃO
Que o Senhor guie teus passos e fortaleça o teu caminhar. Que o Senhor te proteja de todo mal e te conceda companhia. Que o Senhor seja bondoso com você, agora e sempre (+). Amém.
ENVIO
Indo, por onde quer que formos, sirvamos ao Senhor com Alegria. Amém.
CANTO FINAL
Nº 289 – Livro de Canto da IECLB – Bênção da Irlanda