2 Pedro 1.16-21- Último Domingo Após Epifania - 19/02/2022

Caderno de Cultos 2023 - Sínodo Mato Grosso

19/02/2023

19/02/2022 – Último Domingo Após Epifania
Transfiguração do Senhor (Estomihi)
Pregação: 2 Pedro 1.16-21; Leituras: Êx 24.12-18; Mt 17.1-9
P. Ricardo Brosowski – Campo Novo do Parecis – MT


LITURGIA DE ABERTURA

ACOLHIDA
Bom dia! Boa tarde! Boa noite!
Como é bom podermos estar juntos e juntas no dia de hoje, encerrando o período da Igreja conhecido como epifania, nos preparando para a quaresma. Neste período de epifania celebramos a pessoa de Jesus Cristo e a forma como ele se manifesta para nós, como Senhor e único e suficiente Salvador.
Saúdo a vocês com as palavras bíblicas para hoje:
- “O Senhor, durante o dia me concede a sua misericórdia, e de noite está comigo o seu cântico, uma oração ao Deus da minha vida” (Salmo 42.8).
- “Tendo despedido as multidões, ele subiu ao monte, a fim de ora sozinho. Ao cair da tarde, lá estava ele, só” (Mateus 14.23).
Com essas palavras saúdo a todos vocês, também aos que nos visitam.
Acolher os/as visitantes

CANTO DE ENTRADA
Nº 7 – LCI – Bom é estarmos unidos.

Ou: Nº ____________________________________________________

SAUDAÇÃO
Todas as vezes que a Igreja se reúne ela o faz em nome de Deus, que é Pai, é Filho e é Espirito Santo. (+) Amém.

Não importa quem sejamos, de onde venhamos, nem para onde iremos. Sempre estamos nos cuidados do Senhor, sempre estamos em suas mãos. E isso queremos declarar cantando:

CANTOS DE INVOCAÇÃO
Nº 15 – LCI – Em tuas mãos.

Ou: Nº ____________________________________________________

CONFISSÃO DE PECADOS
Juntos confessemos os nossos pecados:
Misericordioso Deus e Pai, como teus filhos e filhas nos colocamos em tua presença, nesse momento, para te falar de nossos erros, transgressões e pecados. Eles são muitos! Mas tu já sabes disso!
Nossos pensamentos, palavras e ações nem sempre condizem com a conduta que esperas de nós. Também nos omitimos em ações e palavras quando deveríamos dar nosso testemunho. Acabamos desobedecendo tua vontade e não vivendo teus ensinos. Somos culpados por isso.
Mas confiamos na tua promessa de perdão. Contempla-nos em tua bondade e perdoa os nossos pecados. Ajuda-nos a sempre vivermos a novidade de vida conquistada por Cristo, para nós. Afasta-os das iniquidades e caminha conosco. Por Cristo Jesus, clamamos por misericórdia quando cantamos: Perdão, Senhor, perdão!
Nº 35 – LCI – Perdão, Senhor, perdão.

ANÚNCIO DO PERDÃO
“Fiel é esta palavra e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores” (1 Timóteo 1.15). Nessas palavras, Paulo nos lembra que a natureza humana é marcada pelo pecado. Porém, também lembra que Jesus Cristo veio para perdoar e salvar esses pecadores, morrendo na cruz, assumindo assim a culpa, concedendo vida.
Por isso, anuncio o perdão. Amém.

KYRIE
Somos pecadores, tamém somos perdoados. Mas as marcas do pecado permanecem no mundo: fome, guerras, preconceitos, ódios muitas vezes travestidos de amor. Tudo isso faz com que a criação de Deus sofra. E diante disso, nossa tarefa é clamar pelas dores deste mundo. Faremos isso cantando:
Nº 56 – LCI – Pelas dores deste mundo.

GLÓRIA IN EXCELSIS
Deus nunca vira as suas contas para nós. Mesmo que não percebamos ele sempre nos cerca com seu cuidado e amor. E, por sua presença e cuidado, podemos dar glórias a Deus nas alturas:
Nº 69 – LCI – Povos da terra

ORAÇÃO DO DIA
Oremos: Nosso Pai no céu, tu te revelaste de modo muito especial em teu Filho Jesus Cristo. TE suplicamos: envia sempre de novo teu Espírito Santo, a fim de compreendermos o que significa o verdadeiro amor cristão. Nos preserva de todo ensinamento que não vem de ti, nos acompanha em nosso dia-a-dia. É o que te pedimos em nome de Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.

LITURGIA DA PALAVRA

LEITURAS BÍBLICAS
Nossa primeira leitura de hoje encontrasse no pentateuco. Primeira parte do Antigo testamento. Leiamos: (Podem ser convidadas pessoas da comunidade para proceder as leituras bíblicas).
1ª Leitura Bíblica: Êxodo 24.12-18.

Em respeito á leitura do Evangelho, nos colocamos de pé.
Aclamemos o Evangelho cantando aleluia: Nº 177 – LCI – Aleluia
Ouçamos a leitura do Evangelho:
2ª Leitura Bíblica: Mateus 17.1-9.

CÂNTICO INTERMEDIÁRIO
Nº 150 – LCI – Buscai Primeiro

Ou: Nº ____________________________________________________

PREGAÇÃO
Pense em um momento bom de sua vida. Pode ser uma surpresa de aniversário da sua turma de amigos ou família; a aprovação no vestibular ou ainda a formatura da faculdade; o nascimento de um filho ou de uma filha; quem sabe um elogio inesperado em algum evento; uma promoção no emprego; entre tantas outras possibilidades.
Sabe por qual motivo essas experiências são tão boas? Elas são raras! Não acontecem corriqueiramente. Contudo, são esses breves momentos de prazer e alegria, momentos geradores de esperança, que nos fazem enfrentar as dificuldades cotidianas com mais afinco, vontade, com a certeza de que, também esses, valem a pena. Afinal de contas, por mais longos que possam parecer, também são passageiros.
Vivenciamos o último domingo do período da epifania. Após isso, a Igreja Cristã passa a celebrar o período de Quaresma. Na epifania celebramos a pessoa de Jesus Cristo, e a sua manifestação como Senhor e Salvador. Na quaresma, que é o tempo da paixão do Senhor, lembramos a forma como Jesus se torna nosso salvador; a saber, assumindo nosso pecado e culpa, morrendo na cruz em nosso lugar; ressuscitando, e, nessa ressurreição, nos enchendo de esperança e fé n salvação e vida eterna.
Nos sofrimentos e tentações no deserto, no sofrimento e ansiedade que antecederam a solidão e a cruz, na dor inocente e na morte, as palavras do Pai devem ter ecoado muitas vezes na cabeça de Jesus: “Esse é meu filho amado, que me dá muito prazer”. Talvez em outras palavras, esse é meu Filho amado, que faz aquilo que é necessário, que faz aquilo que é preciso ser feito, que não foge daquilo que pedi a Ele, mesmo em face do sofrimento e dor.
Assim como momentos bons, como ouvir que nosso pai tem prazer no que fazemos, animam os dias de sofrimento. A mesma coisa acontece com a vida da Igreja. Momentos e celebrações significativas valoram e animam a vivência cotidiana da Igreja, que nem sempre tem tanto glamour; que, por vezes, beiram a monotonia e crises cotidianas, características da vida humana.
Assim, lembramos que Deus se manifestou de forma muito intensa e especial na vida da humanidade. Se manifestou a Moisés na caminhada do deserto; Deus se manifestou, de modo único, através de Jesus Cristo, como vimos antes, para Pedro e mais alguns discípulos. Mas ele também continua se manifestando hoje, para nós. Como? Todas as vezes que lemos e meditamos na sua Palavra.
É isso que fazemos agora. Convido para lermos o texto bíblico que encontramos na segunda carta de Pedro. Abramos nossas Bíblias em 2 Pedro 1.16-21 (Ler texto).
Umas das coisas mais impactantes da vida de um cristão é a compreensão da graça divina. Compreender isso é compreender amado por Deus e incluso na obra de Jesus Cristo em favor da humanidade. Essa é uma certeza da vida do cristão que deveria balizar todos os momentos da sua existência. Mas, que, por vezes, fica esquecida no dia-a-dia, nas durezas, nos constrangimentos, nas dores, nos sofrimentos inerentes a toda a vida humana.
Em meio a todos os questionamentos e crises que parecem contradizer aquilo que norteia a fé cristã, quais as bases que sustentam a vida corriqueira? Em meio a tantos questionamentos sobre a validade do testemunho cristão, quais são os fundamentos que fazem com que a caminhada continue?
O Apóstolo Pedro dá duas respostas muito importantes.
A primeira delas é: “-Nós estávamos lá quando Deus, o Pai, lhe deu honra e glória (...) Nós mesmos ouvimos essa voz que veio do céu” (vs 17-18). Nós somos testemunhas oculares da história, e que viram, de forma especial, a materialização da glória de Deus na pessoa de Jesus Cristo.
A segunda é: “-Acima de tudo, porém, lembrem disto: ninguém pode explicar uma profecia uma profecia das Sagradas Escrituras, por si mesmo Pois nenhuma mensagem profética veio da vontade humana, mas as pessoas eram guiadas pelo Espírito Santo, quando anunciavam a mensagem que vinha de Deus” (vs. 20-21). Ou seja, as Escrituras Sagradas são a norma normans, a norma que testifica se uma experiência, como aquela que o próprio Pedro teve é real ou não.
Assim, podemos afirmar que as Sagradas Escrituras são autoridade final sobre as experiências de fé da cristandade. Não apenas autoridade do ponto de vista formal, como lembramos num dos pilares da Reforma: Sola Scriptura. Ela é também autoridade na hermenêutica-teológica, isso quer dizer, na forma como os cristãos interpretam as próprias Escrituras.
Interessante notar essa dupla realidade, trazida por Pedro. Há uma experiência. Pedro viu a glória de Deus se manifestando sobre o monte. Contudo, Pedro tem em mente aquilo que está narrado em Êxodo 24, onde Moisés e alguns anciãos subiram o monte. Moisés recebeu as tábuas com os mandamentos e, de certo modo, também foi transfigurado, teve sala figura transformada diante da glória divina. Assim, aquilo que Pedro testemunha em sua carta como experiência própria, tem como base os ensinos da própria Escritura. Essa, portanto, é verdade.
A verdade é um valor extremamente precioso. Mas como falar em verdade em tempos de pós-verdade? Em tempos onde não mais fatos, mas interpretações configuram uma verdade individual? Uma frase do filósofo Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844 a 1900), revela muito bem o que esse período de pós-verdade representa: “Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas”, em outra passagem ele ainda diz: “Não há fatos, apenas interpretações”.
Essa ideia de que não existem verdades, apenas interpretações trazem à tona uma a subjetividade das experiências das pessoas. Obviamente as pessoas tem experiencias diferentes em sua vida. Um campeonato de futebol, por exemplo, denota experiências muito diferentes para quem torce para o campeão, para o vice-campeão, e ainda para quem torce para um time rebaixado para outra divisão. Foi pênalti ou não? O arbitro ajudou o time campeão e desrespeitou o sétimo mandamento para com outro? Temos um fato, só um time pode ser campeão e esse foi conhecido. Mas os porquês desse time e não de outro, sempre encontraram possibilidades de interpretação, de acordo com a torcida de cada torcedor ou torcedora.
Isso não deveria ser, em si, um grande problema. Porém, em muitos momentos o engrandecimento das experiências particulares, em detrimento ao “fato”, ou a “verdade”, acarretam uma descaracterização total desse “fato” ou “verdade”. Isso pode ser muito perigoso, pois tira do bojo da discussão o fundamento das questões e coloca apenas as dúvidas que surgem. O fato de não olharmos para a “verdade”, a ponto de questionarmos a possibilidade de uma “verdade”, e só tratarmos a forma como nos sentimos diante de tal “verdade” ou “acontecimento”, abre brecha para excluirmos tudo aquilo que segurou, balizou, fortaleceu e amparou a caminhada da humanidade durante a sua história.
Pedro fala das duas instâncias que estão presentes na vida do cristão. A experiência é importante! Experiências como o nascimento de um filho, o batismo, a confirmação, o matrimônio e o sepultar de um ente querido marcar a vida das pessoas. Um culto de páscoa para alguém que acaba de perder o pai, um filho ou um cônjuge, não será igualmente vivenciado por alguém que nunca enterrou alguém que amava. Contudo, não muda o fato de um culto de páscoa ser o ápice da esperança cristã de ressurreição, salvação e vida eterna, como nos afirma a Bíblia.
Por isso, Pedro também afirma que as experiências devem ter como critério as Escrituras Sagradas. São elas que nos dizem aquilo que o próprio Deus quer nos ensinar, apontar, corrigir.
Sim, existem experiências diversas. Contudo, elas sempre terão sua validação quando estiverem de acordo com o que as escrituras dizem. Lutero já nos disse: “Todo ensinamento (e também experiências e subjetividades) que não se enquadrem nas escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias”.
Vamos ver, sentir e interpretar o agir de Deus em nossas vidas de modo diferente. E não há problema nisso. A grande crise e perigo para a Igreja se dá quando, a experiência particular se coloca como regra para outras pessoas, ou ainda quando é tida como verdadeira, mesmo que não haja base bíblica para tal.
Desse modo, que os dias bons de celebração da vivência da fé nos auxiliem na vivência dos dias “mais comuns”. E que tudo aquilo que fazemos, pensamos e sentimos possa estar de acordo com a verdade que as Escrituras nos trazem. Amém.

HINO
Nº 192 – LCI – Creio, Senhor, que és Deus.

Ou: Nº ____________________________________________________

CONFISSÃO DE FÉ
Ouvimos a Palavra de Deus. Somos chamados e chamadas, em resposta a essa Palavra, a testemunhar aquilo que cremos. Fazemos isso usando o Credo Apostólico.

Creio em Deus Pai, ...

CANTO PÓS CONFISSÃO (proceder motivação e o recolhimento das ofertas)
Nº 578 – LCI – Um só rebanho.

Ou: Nº ____________________________________________________

ORAÇÃO DE INTERCESSÃO
Senhor, sabemos que és um Deus compassivo e bondoso. Te agradecemos por tua Palavra, a qual pudemos ler e meditar. Também te agradecemos por termos ela como baliza e orientação em nossa vida. Perdoa-nos pelas vezes que não damos o devido crédito para ela. Ajuda-nos a compreendê-la e aplicá-la.
Concede-nos graças todos os dias. Que possamos entender tudo aquilo que esperas de nós, e também tudo o que Cristo fez por nós. Que possamos ser renovados, animados e restaurados pela ação de teu Santo Espírito. Que como comunidade, Ele nos mantenha unidos e atentos.
Cuida de nossa nação, estado e município. Lembramos de nossos doentes, enlutados, enfraquecidos e perseguidos. Também incluímos nossos motivos especiais de oração:
Motivos de Oração:
1. Aniversariantes
2._______________________________________________________
3._______________________________________________________
4._______________________________________________________
5._______________________________________________________
6._______________________________________________________
Ajuda-nos a viver um bom tempo de reflexão nessa quaresma. Prepara-nos sempre de novo para um fim bem-aventurado. E quando chegar a hora de nosso encontro contigo, aceita-nos por causa de tua graça e no leva ao teu eterno Reino. Por Cristo Jesus, unimos nossas vozes nessa oração:
PAI NOSSO
Pai nosso ...

LITURGIA DE DESPEDIDA

AVISOS
Próximo Culto: ___/___/______ às ___:___ h.
Oferta último Culto: R$ _________ - destinada para ...
______________ _________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________

BÊNÇÃO
Que o Senhor esteja a sua frente, te orientando na caminhada.
Que o Senhor esteja atrás de ti, te protegendo.
Que o Senhor esteja ao teu lado, te amparando e sustentado.
Em nome do Pai e do Filho e do Espirito Santo. (+) Amém.

ENVIO
Em paz, saiamos daqui, servido a Deus e ao próximo com alegria.

CANTO FINAL
Nº 581 – LCI – Deus sempre me ama.

Ou: Nº ____________________________________________________


Autor(a): Pastor Ricardo Brosowski
Âmbito: IECLB / Sinodo: Mato Grosso
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Ciclo do Natal
Natureza do Domingo: Epifania
Perfil do Domingo: Último Domingo após Epifania
Testamento: Novo / Livro: Pedro II / Capitulo: 1 / Versículo Inicial: 16 / Versículo Final: 21
Título da publicação: Caderno de Cultos - Sínodo Mato Grosso / Ano: 2023
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Prédica
ID: 69154
REDE DE RECURSOS
+
É a fé que nos comunica a graça justificadora. Nada nos une a Deus, senão a fé: e nada dele nos pode separar, senão a falta de fé.
Martim Lutero
© Copyright 2024 - Todos os Direitos Reservados - IECLB - Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - Portal Luteranos - www.luteranos.com.br