Convido-lhes a refletir sobre como externamos nossas mensagens. Enfim, refletir sobre como dialogamos com nossos semelhantes. No Novo Testamento (I Pedro 4.11), lê-se: “Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus... para que em tudo Deus seja glorificado...”
Vejamos como dizer as palavras de uma forma que corações não sejam feridos: Uma sábia anedota árabe diz que um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Logo que acordou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse o seu sonho.
“Que desgraça, senhor...” – exclamou o adivinho – “... cada dente caído significa a perda de um parente de vossa majestade.”
“Que absurdo...” – gritou o sultão, totalmente enfurecido – “... como te atreves a dizer-me semelhante coisa?” Imediatamente, chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem açoites. Mandou, então, que lhe trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o seu sonho. Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe:
“Majestade, grande felicidade vos está reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a todos os vossos parentes.”
A fisionomia do sultão iluminou-se e mandou dar cem moedas de ouro ao segundo adivinho. Quando este saía do palácio, um dos guardas perguntou admirado:
“Não é possível, a interpretação que você fez foi a mesma que aquela de seu colega. Não entendo porque ao primeiro o sultão pagou com cem açoites e a você com cem moedas de ouro.”
“Lembra-te, meu amigo...” – respondeu o adivinho – “... que tudo depende da maneira que dizemos as mensagens!”
Conforme o escritor e professor Felipe Aquino, “um dos grandes desafios da humanidade é aprender a arte da comunicação. Dela depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra.” Jesus Cristo dizia as verdades em qualquer situação, mas sempre ponderava as palavras, para que pudessem servir de sementes e não de pedras. Com o Salvador, aprendemos que quando envolvemos as palavras em delicada embalagem e a oferecemos com amor, temos mais probabilidade delas serem aceitas. Caso contrário, podem ser descartadas ou até machucar. Se assim procedermos, Deus será glorificado também por meio de palavras. Pense nisto e reflita com coração e mente.
P. Robson Luís Neu
