Viver o batismo - fortalecer a esperança
Palestra no XXXII Concílio da IECLB/outubro 2020
P. Dr. Paulo Afonso Butzke
Estimadas conciliares, estimados conciliares:
Saúdo a todas e todos com uma palavra do Apóstolo Paulo de sua carta aos Romanos, 15. 13:
“E o Deus da esperança encha vocês de toda alegria e paz na fé que vocês têm, para que sejam ricos de esperança no poder do Espírito Santo”.
Nestes tempos difíceis somos convidados pelo Apóstolo Paulo a sermos ricos em esperança e a experimentar alegria e paz a partir da fé nas promessas de Deus. Esta também é a intenção do tema do XXXII Concílio da IECLB – “Viver o batismo, fortalecer a esperança”. Toda a IECLB é convidada a se achegar ao “Deus da esperança” e receber dele ânimo e inspiração para o futuro.
Ao longo da Bíblia, Deus recebe vários nomes que descrevem seus atributos. Ele é chamado de “altíssimo”, “eterno”, “todo poderoso”, “santo”, “senhor”, “pai”, “salvador”, “amor”, entre outros. Aqui Paulo o denomina “Deus da esperança”. Mas ... como o Deus que é Deus “de eternidade a eternidade” – a quem pertencem passado-presente-futuro - pode ser o Deus da esperança? Esperança não é algo típico para seres que anseiam por um futuro? Que esperam por dias melhores? Que não sabem o que os próximos meses e anos trarão? Mas que aguardam e esperam melhorias, esperam ter futuro?
Para podermos fortalecer a nossa esperança é preciso entender porque nosso Deus é o “Deus da esperança”, é preciso compreender como ele age, como gera esperança - e assim possibilita o futuro.
Nosso Deus se solidariza com os seres humanos e com suas esperanças de futuro. Ele se envolve na história, nas nossas histórias, na história de nossa igreja, apesar de ser o eterno. O “eterno” não é distante, nem indiferente, nem inacessível. Pelo contrário: O “Deus da esperança” acompanha seu povo, vai adiante dele – e vem ao seu encontro. Por isso ele é descrito como “aquele que é, que era e que há de vir” (Ap 1. 4).
Ontem à noite, no culto de abertura do concílio P. Odair e P. Mauro nos lembraram da história da salvação e da história de nossa igreja, construída sobre o chão firme da palavra de Deus. Traçaram uma linha contínua da presença e da fidelidade de Deus na história do seu povo desde as origens até este momento em que nos reunimos em concílio. Hoje quero destacar alguns destes momentos em que Deus se envolveu de uma forma muito especial com o seu povo, fortalecendo esperança e abrindo o caminho para o futuro.
Quando Deus se envolve e intervém, a história humana se torna história da salvação. Isto podemos observar na história de Abraão e Sara. Um casal idoso e sem filhos que pensava em viver a aposentadoria no convívio de seus parentes e amigos. Então Deus se intromete na rotina deles. Faz a eles a proposta de uma nova vida numa terra que ele ainda lhes iria mostrar. E lhes dá uma promessa de tirar o fôlego: uma descendência tão numerosa como as estrelas do céu! Nada mal para um casal de idosos sem filhos! Mas era preciso desapegar, deixar o conhecido para trás e iniciar uma longa caminhada com Deus rumo a uma nova terra, rumo a um novo futuro. Não se deixaram intimidar pela idade, pelas condições físicas, pelas probabilidades ou tendências. Resolvem confiar em Deus e no cumprimento de suas promessas. A esperança de que ele as cumprirá em breve, dá força para caminhar.
Quando séculos depois Deus intervém na história dos descendentes de Sara e Abraão escravizados no Egito, novamente a história torna-se história da salvação. Deus vê o sofrimento, ouve o clamor de seu povo e decide libertá-los. Aqui também era necessário confiar na promessa divina de uma nova vida em liberdade numa “terra boa e ampla, onde mana leite e mel”. A saída do Egito foi cercada de perigos e ameaças. Por isso Deus foi na frente deles no deserto desconhecido através de uma coluna de nuvens “para os guiar” de dia e através de uma coluna de fogo “para os iluminar” durante a noite. Quando o exército do Faraó se aproximou e tudo parecia perdido, Deus criou um caminho onde não havia caminho – e os fez atravessar seguros em meio ao mar. Longos anos de caminhada no deserto se seguiram. O caminho que levaria apenas alguns meses até a terra prometida, levou 40 anos. O motivo do atraso é claro: muitas vezes a força da esperança foi corroída pelo desespero e pela desconfiança. Será que Deus realmente cumpre suas promessas?
Com este povo desconfiado e insatisfeito Deus faz uma aliança e assume um compromisso unilateral de fidelidade: “morarei no meio de vocês”, “nunca os abandonarei”, “estarei sempre com vocês” - “vocês serão o meu povo, e eu serei o seu Deus” (Lv 26). São frases extremamente fortes com as quais Deus promete estar presente na vida do povo, com sua benção e proteção. A fidelidade de Deus no cumprimento de suas promessas é a garantia, o penhor para a fé e para a esperança.
Enquanto Israel era um povo nômade, a arca da aliança simbolizava a presença de Deus. Ela era móvel e levada junto em todas as situações. Quando o povo tornou-se sedentário, Davi encarregou Salomão do planejamento e da construção do templo para abrigar a arca e ser um lugar do encontro de Deus com os seres humanos. Um tremendo desafio: mãos humanas constroem um espaço para o encontro com Deus. Salomão sabia que Deus é livre e soberano. Não se restringe ao espaço do templo para se relacionar com as pessoas. Por isso relativiza sua construção e diz: “Eis que os céus e até o céu dos céus não te podem conter, muito menos este templo que eu edifiquei” (1 Reis 8. 27).
Quando o templo foi destruído e o povo exilado na Babilônia, eles descobriram que Deus também os encontra em sua palavra. Nela Deus reafirma sua fidelidade: “assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei” (Isaías 55. 11). A palavra de Deus realiza o que ela diz! As promessas que elas contém renovam a esperança do povo: voltaremos para Jerusalém! Enquanto aguardam o dia do retorno, contribuem com o bem estar e com a paz da cidade estrangeira e oram por ela. A esperança transforma o mal em bem e prepara o futuro.
O Deus da esperança, no entanto, queria estar ainda mais próximo de suas criaturas. Ele vem a este mundo em Jesus Cristo. O evangelho de João relata com admiração: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1. 14). Nas palavras e gestos de Jesus, o Reino de Deus torna-se visível, experimentável, real na vida das pessoas. Elas percebem que o amor de Deus toca e transforma suas vidas. A morte de Jesus na cruz é a expressão mais profunda e radical da solidariedade de Deus com suas criaturas. Ele mesmo morre por nós, morre a nossa morte. A ressurreição de Jesus Cristo é a vitória sobre a morte, mas também a promessa de Deus de que ele irá recriar todas as coisas num novo céu e numa nova terra (Ap 21. 5). Através da fé já participamos desta nova vida que está sendo criada por Deus desde a ressurreição de Jesus. Ingressamos nesta nova vida através do batismo quando somos “mergulhados” na morte e na ressurreição de Cristo e assim “renascemos para uma viva esperança” (1 Pe 1.3). Viver o batismo, portanto, é viver a esperança no horizonte do futuro de Deus.
Quando o Cristo ressurreto retornou à direita de Deus, não deixou sua comunidade órfã. O Deus da esperança continua presente entre seus filhos e filhas através de seu Espírito. Ele move a igreja, possibilita a comunicação do Evangelho de Cristo no mundo de sorte que pessoas passam a crer e a confiar nas promessas de Deus. Ele reúne estas pessoas numa nova comunhão, presenteia dons e capacidades, dá sensibilidade para as dores deste mundo e energia para servir.
No Novo Testamento não encontramos uma definição exata do que é a igreja. Mas há uma palavra de Jesus que nos auxilia a compreender bem o que ele tinha em mente. Ele diz: “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18. 20). Quando olhamos para esta comunidade que Jesus descreve, vemos pessoas reunidas. Nos aproximamos um pouco mais e percebemos que não fazem suas atividades em seu próprio nome, mas em nome de Jesus – celebram culto, compartilham sua palavra, oram, cantam, celebram os sacramentos. É o que conseguimos ver – o que é visível. Mas então Jesus promete algo que olhos humanos não enxegam – apenas os olhos da fé conseguem ver: que ele está presente neste encontro – e que por isso pessoas recebem consolo, motivação, perdão, cura, fé, esperança, transformação – e se tornam pessoas livres para agir com a amor. A primeira parte, a visível, é possível planejar e organizar. Depende de nosso trabalho e esforço. A segunda parte, a invisível, é presente e dom divino. É preciso pedir que se realize entre nós e aguardar com esperança. Igreja visível – igreja invisível – dimensões inseparáveis da igreja! Soa bem luterano!
Vejam que ao natural passamos a falar de nós – e de nossa igreja, de nossa confessionalidade. Esta palavra de Jesus lembra de um desafio lançado pelo P. Ernesto Schlieper logo após o término da segunda guenrra mundial. As comunidades da futura IECLB ainda não tinham se recuperado da crise gerada pelas restrições impostas à vida comunitária durante a guerra. Havia grande preocupação com o futuro da igreja. Muitas lideranças estavam pessimistas e resignadas. Então Schlieper faz a pergunta fundamental: “Confiamos que a Palavra de Deus tem poder para se fazer ouvir e formar comunidades vivas entre nós? Se confiamos, então nossa preocupação deverá ser que a Palavra seja pregada ... O efeito da mesma não está em nossas mãos ... Cumpre deixarmos de lado todo o ativismo e refletir sobre meios e caminhos que proporcionem amplo espaço à pregação de Jesus Cristo.” Schlieper fortalece a esperança das comunidades dirigindo o foco para a palavra que promete que o Cristo vivo está presente quando elas se reunem em seu nome: “cremos nisto?”, Schlieper pergunta. Interessante: ele não espera nada espera do ativismo cego, da adição de atividade sobre atividade. Ao contrário: inspirada pela promessa da presença do Ressuscitado, a igreja deve refletir e planejar “meios e caminhos” para que a comunicação do Evangelho ocorra em um âmbito muito maior do que tinha sido até então. Comunidades com nova vitalidade serão consequência. A visão de Schlieper, o primeiro Pastor Presidente da IECLB, inspirou especialmente o 3.o Art. da Constituição da Igreja: a tarefa essencial da IECLB é comunicar o Evangelho em palavra e ação a toda sociedade brasileira.
Hoje vivemos crise parecida com a de 75 anos atrás. As restrições sanitárias impostas pela pandemia paralisaram as atividades presenciais da vida comunitária. Uma experiência dura para quem está acostumado a nutir sua fé nos cultos, nos encontros, enfim, na comunhão dos irmãos e irmãs na fé. A pandemia também afetou financeiramente todas as instâncias da igreja. Só através de uma boa gestão dos recursos tem sido possível manter a sustentabilidade. Mas, como a sabedoria chinesa ensina, crises também oferecem oportunidades. E estas foram amplamente utilizadas em nossa igreja. O tempo de pandemia acelerou a utilização das mídias sociais. O desenvolvimento que teria levado anos, aconteceu em poucos meses. Um verdadeiro boom de inovações. Durante décadas carregamos um complexo de inferioridade quando os assuntos eram comunicação e mídia. Hoje podemos dizer: “sim, nós podemos”! Somos uma igreja criativa que encontrou “meios e caminhos digitais” para comunicar o Evangelho a um grande número de pessoas em nosso país. As estatísticas de participações e visualizações do que oferecemos são animadoras. A pandemia também sensibilizou para temas importantes como a solidão e o desamparo - e levou a belas iniciativas analógicas, como por exemplo, o projeto de nossa Juventude Evangélica de apoio a pessoas idosas em isolamento social. Temas que recebiam pouca importância, como morte e luto, passaram a ser prioritários e deverão nos ocupar também após a pandemia, pois trazem esperança e consolo a toda sociedade.
Entrementes há interessantes reflexões sobre que igreja seremos após a pandemia. Há consenso que daqui para frente seremos igreja híbrida que irá conjugar ofertas analógicas/presenciais e ofertas digitais/virtuais. A igreja híbrida que está surgindo irá precisar de equilíbrio e planejamento para não cair na armadilha do ativismo.
A pandemia nos obrigou a uma parada que pode ser salutar. É tempo de perguntar a respeito dos propósitos de Deus para com a IECLB. Os documentos e metas desenvolvidos pela IECLB nos últimos anos nos ajudam a trilhar um caminho bom e seguro. Devem ser estudados à luz da nova realidade e transformados em boa prática. Para finalizar esta palestra, gostaria de compartilhar algumas possibilidades práticas que decorrem da reflexão que acabamos de fazer.
Quando o povo de Deus passou por tempos difíceis, sempre encontrou consolo e esperança na certeza de que Deus cumpre fielmente suas promessas. Uma das promessas mais importantes e essenciais que Deus faz ao seu povo mencionamos há pouco: a sua palavra realiza o que diz! Através dela Deus mesmo fala conosco, toca nossa vida, nos transforma. Através dela Cristo e o seu poder está presente entre nós. Por isso gera fé e comunidade. É um tesouro imcomparável que nos foi confiado. Num tempo de grandes e rápidas transformações, precisamos da criatividade do Espírito Santo para continuar a comunicá-la ao mundo de maneira eficaz. O tempo de pandemia mostrou que somos capazes de inovar e utilizar novos formatos, congruentes com a sociedade atual. É uma experiência que pode nos levar a uma pergunta estratégica importante: que formatos nos ajudam hoje a comunicar o Evangelho a um maior número de pessoas de forma plausível e relevante? Plausibilidade e relevância: palavras chave para nosso trabalho daqui para frente. Plausível é o que faz sentido para mim e corresponde ao meu estilo de vida. Relevante é o que me faz bem e me ajuda a viver melhor. Na criação de novos formatos deveremos levar em conta que hoje a maioria das pessoas decidem entre opções religiosas movidas justamente por estes critérios.
Observamos também que o Deus da esperança deseja se envolver com seu povo, quer estar no meio dele, habitar com ele, participar de sua vida. Nossas comunidades devem ser espaços onde o encontro com Deus se torna possível. Na hospitalidade da comunidade pessoas experimentam a hospitalidade de Deus. O potencial missionário da hospitalidade de nossa vida comunitária será um fator decisivo para nosso futuro. Novamente uma pergunta estratégico deve ser feita:que formas e estruturas de nossa vida comunitária poderiam proporcionar maior acolhida e hospitalidade também a pessoas novas e diferentes? A paróquia é a forma preponderante na estruturação de nossa vida eclesiástica. É a melhor forma para a maioria de nós. E continuará a sê-la por muito tempo. Mas será necessário refletir sobre formas inovadoras e complementares para reunir pessoas em torno do Evangelho. Queremos oferecer nossa comunhão a um número maior de pessoas do que tem sido até agora. Somos igreja para o mundo – ou como dizia Bonhoeffer, “somos igreja para os outros” – e não para nós mesmos. Precisamos nos conceder tempo para experimentos, ensaios e projetos-piloto de novas formas de ser igreja. O novo que surgir não será concorrente do histórico e tradicional. Serão formas complementares que se inspiram mutuamente. Tenho certeza: um bom caminho surgirá nesta caminhada.
Novas formas, novos formatos, novos jeitos... Só serão possíveis com o amplo envolvimento do sacerdócio geral. Lutero desejava que a vida da igreja fosse organizada a partir do mútuo sacerdócio cristão. Sua visão é de uma igreja viva e dinâmica. Nenhuma outra tradição confessional tem um postulado eclesiológico idêntico. Para nós faz parte da vivência do batismo. Recebemos ordenação ao sacerdócio comum quando somos batizados em nome do triúno Deus. Viver o batismo é viver o sacerdócio. Por isso, ocupa lugar de destaque na pauta de prioridades da IECLB. O programa de formação para o sacerdócio geral a ser implementado nos próximos anos é exemplo disso. Dependemos do sacerdócio geral para sermos igreja viva e missionária. Avanços na comunidade local também se fazem necessários. Muitas vezes nos restringimos a convidar pessoas ao engajamento quando precisamos preencher cargos ou delegar tarefas. A vivência do sacerdócio geral também pode ser vinculada à realização e ao crescimento pessoal. Uma comunidade onde pessoas podem descobrir, capacitar e exercitar os seus dons é atraente. Pensar não apenas a partir das necessidades da comunidade mas também a partir dos interesses das pessoas me parece ser uma perspectiva com futuro. Na visão de Lutero, o sacerdócio geral também está voltado ao engajamento na sociedade. A partir da fé e com apoio da comunidade pessoas também devem ser animadas ao voluntariado em movimentos e iniciativas por vida digna na sociedade. É uma bela forma de viver o batismo e o sacerdócio cristão.
A comunidade da IECLB, portanto, também adquire relevância quando se envolve com as demandas de sua vizinhança, seu bairro, sua cidade. Temos a tendência de esperar que as pessoas venham à comunidade participar de nossas programações. A contrapartida deveria ser nossa participação nas iniciativas que promovem o bem comum no meio social do qual fazemos parte. Agindo desta forma acompanhamos o Deus da esperança no seu envolvimento com o mundo. E nos tornamos instrumentos úteis de sua missão.
Estas são algumas das possibilidades práticas que queria ter compartilhado com vocês. Serão importantes na construção do futuro de nossa igreja. Penso que nos levam para mais perto do sonho de sermos igreja atrativa, inclusiva e missionária.
Olhamos para o futuro com grande esperança e confiança. Pois, é certo que o Deus da esperança, que acompanhou e se envolveu com o seu povo ao longo da história, também está conosco hoje. Já está indo à nossa frente, abrindo caminhos que ainda não percebemos claramente. É certo que deseja estar presente em nossa igreja. Quer que nossas comunidades sejam espaços nos quais as mais diversas pessoas se encontrem com o seu poder transformador. Enfim, ele quer que sejamos seus instrumentos para abençoar o mundo. Saber disto fortalece a esperança e anima para o trabalho no seu Reino! Fazemos parte do futuro de Deus!
Grato pela atenção!
“...Pois não somos nós que podemos preservar a igreja, também não o foram nossos ancestrais, e nossa posteridade também não o será, mas foi, é e será aquele que diz: ‘Eu estou convosco até o fim dos tempos’... pois a igreja não é preservada por nós... se dependesse de nós, a igreja deveria sucumbir diante de nossos olhos...”
(Lutero em seu escrito “Contra os antinomistas”, OS IV, p. 437)
(Texto e imagens gentilmente cedidas pelo autor à Paróquia Martin Luther no Rio de Janeiro)
Acesse também: https://youtu.be/wojNYgcymfI