Há três anos falecia a Pastora Rosa Marga Rothe na cidade de Belém do Pará. Ela foi uma das fundadoras da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos e a primeira ouvidora do Sistema de Segurança Pública do Pará.
Seu testemunho e sua presença continua a ecoar no Estado. Em sua homenagem foi criado o Prêmio Rosa Marga Rothe de Direitos Humanos, concedido pela Ouvidoria do Sistema de Segurança Pública e Defesa Social do Pará.
EXPOSIÇÃO
AS ROSAS MARGA NÃO MORREM
De 12/06 a 30/08 o Centro de Memória da Amazônia (CMA), vinculado à Universidade Federal do Pará (UFPA),apresentou uma série de palestras sobre o legado histórico da Rosa Marga Rothe, que foi Pastora da Paróquia Evangélica de Confissão Luterana em Belém (PECLB), ou seja, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).
Uma homenagem sincera à memória da Rosa Marga Rothe. No CMA fica a guarda e conservação de acervos sobre sua história. Sem esse empreendimento do CMA não teríamos condições técnicas de conservar de todo um material histórico correspondente.
A exposição As rosas Marga não morrem apresenta a vida e a obra de uma notável humanista, ícone da memória de resistência paraense. que fez parte das lutas pelos direitos humanos, pela terra e pela igualdade social no campo e pela conquista dos direitos feministas no Estado do Pará.
Trata de uma importante parte da história de uma alemã que elegeu o Brasil e o Pará para construir sua família e expressar sua voz rígida contra o autoritarismo implantado pela Ditadura Militar. contra o patriarcado e o preconceito sociais e a favor da reconstrução democrática e a consequente reconquista das garantias fundamentais da sociedade civil nesse Estado.
Marga conseguiu ser uma voz pioneira e revolucionária nas lutas sociais em favor dos menos favorecidos no Estado do Pará, sempre com opinião e postura firmes contra todas as contradições das estruturas sociais excludentes.
Contudo, sua posição austera jamais ofuscou a doçura com a qual era reconhecida, eternizando-se em nossa memória afetiva e nas vitórias que devemos a ela, mesmo sem sabermos.
