União Paroquial Evang. de Confissão Luterana da Região de Campinas


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Dia das Crianças e do/a Professor/a - Marcos 10.13-16 - P. Eldo Krüger - 14 de outubro de 2021

Oração em tempos de Coronavírus

14/10/2021

Queridas crianças! Queridos professores/as!

Nesta semana comemoramos o dia da criança (12) e o dia do professor (15). Quero começar essa mensagem dando um grande abraço em vocês. Parabéns! Vocês são muito importantes! Desejo as bênçãos de Deus sobre a vida e a vocação de vocês.

Dia das crianças e dia do professor. Isso me faz lembrar Jesus. Ele também foi criança um dia e, quando cresceu, mostrou que gostava de crianças e defendeu a sua dignidade. O texto de Mc 10.13-16 mostra Jesus abraçando e abençoando as crianças e repreendendo os adultos que não lhes davam valor.

Como acontece com muitas crianças hoje, Jesus também nasceu numa família bem simples e humilde. Na verdade, nasceu num estábulo de animais. Um lugar inapropriado. Infelizmente isso ainda continua acontecendo hoje.

Graças a Deus, Jesus sobreviveu. Não pegou infecção e nem doença. Os pais cuidaram bem de Jesus. Deram a ele toda proteção e amor. Desde os primeiros dias encaminharam Jesus para também ter uma vida religiosa (Lc 2.21-24), o que serve de exemplo para todos os pais. Deveriam fazer isso com seus filhos.

Outro perigo que Jesus enfrentou tem a ver com o “governo”. Jesus ainda não tinha dois anos de idade e foi ameaçado de morte por Herodes. Só não morreu porque seus pais fugiram com ele para o Egito. A exemplo do que vem acontecendo hoje com o povo da Síria, Afeganistão e outros, que é obrigado a deixar seu país em busca de sobrevivência e melhor condição de vida, podemos dizer que Jesus também aprendeu cedo o que é ser um refugiado. Ele sobreviveu, mas as crianças da sua idade que permaneceram onde viviam, infelizmente acabaram morrendo por causa da tirania de Herodes. Essa história continua se repetindo...

Graças a Deus Jesus foi vencendo todas as dificuldades, perigos e ameaças. No evangelho segundo Lucas está escrito que Jesus “crescia e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele” (Lc 2.40). Quando Jesus tinha 12 anos de idade seus pais o levaram a Jerusalém para comemorar a Páscoa e participar da catequese que preparava os adolescentes para se tornarem membros da religião judaica. Lá Jesus viveu uma experiência com os mestres da Lei (professores) que, com certeza, fortaleceu nele a vocação de também ser mestre quando adulto. O evangelista Lucas diz que Jesus escutava os mestres da Lei, fazia perguntas e respondia as perguntas que os mestres lhe faziam (Lc 2.46-47). Tinha sede pelo saber e todos se admiraram da sua inteligência. Podemos dizer que Jesus foi um exemplo de um bom aluno. Penso que as crianças e adolescentes de hoje deveriam se inspirar em Jesus como aluno.

Assim que Jesus completou 30 anos de idade, dentre os vários dons que teve e que exerceu, assumiu o dom e a vocação de mestre - “rabi” (Mt 4.19-25). Tornou-se um professor, um mestre em educação. Especialmente “educação popular”. Desempenhou essa vocação de educador com total competência e autoridade. O evangelista Mateus diz que as “multidões ficavam maravilhadas com o conhecimento que transmitia e a sua pedagogia de ensino” (Mt 7.28-29).

Podemos dizer que Jesus se destacou como mestre de ensino (professor). Isso está mais do que comprovado. Sempre foi muito inspirador e contextual na sua forma de ensinar. Arriscaria dizer que a sua forma pedagógica de ensinar era “construtivista”. Respeitava e considerava o saber das pessoas e a sua realidade de vida. Ensinava as pessoas a pensar e a aprender a ser sujeitos da sua vida, a serem cidadãos responsáveis no mundo. Por tudo isso, Jesus foi muito respeitado e ouvido, pelos seus alunos (discípulos), o povo e pelos mestres colegas de profissão. E antes de concluir sua missão na terra ele reafirmou a necessidade da vocação do educador. Disse que as pessoas “estão aflitas e exaustas como ovelhas que não tem pastor” (Mt 9.36,38). A necessidade do ensino continua sendo fundamental (Mt 28.19-20).

Finalizando. Jesus foi e continua sendo um exemplo inspirador de criança e de educador.

MÍDIATECA
A ingratidão é um vento rude que seca os poços da bondade.
Martim Lutero
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