Tema do Ano da IECLB



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Mensagem da Presidência da IECLB - Tema do Ano 2014

viDas em comunhão

01/12/2013


Mensagem da Presidência da IECLB para o lançamento do Tema do Ano 2014

viDas em comunhão

Tema do Ano 2014

Minhas queridas irmãs e meus queridos irmãos da Igreja da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasi!l

Estamos no início de mais um ano litúrgico. Novamente é Advento, época especial na caminhada de fé da comunidade de Cristo. É tempo de conhecermos o novo Tema do Ano da IECLB. Tema que vai inspirar a nossa caminhada durante o próximo ano.

Um dos principais motivos de a IECLB promover, a cada ano, uma reflexão sobre um determinado Tema é o fortalecimento da unidade e da identidade da Igreja em todo o âmbito nacional. Esta ação, além de fortalecer os laços comunitários, também visa a motivar toda a família luterana para ser sal e luz no mundo.

Nesse sentido, o Tema do Ano 2014, “viDas em comunhão”, tendo como Lema a palavra bíblica de Jeremias, capítulo 29, versículo 7, “Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao Senhor, porque na sua paz vós tereis paz”, tem conexão com os Temas dos dois últimos anos.

O Tema de 2012 (Comunidade jovem - Igreja viva) procurou apontar o potencial da vivacidade juvenil, que é inerente a uma comunidade cristã.

O Tema de 2013 (Ser, Participar, Testemunhar - Eu vivo comunidade) destacou, com o verbo testemunhar, o imperativo evangélico de a comunidade cristã não viver fechada em si mesma, mas se abrir, abrir as suas portas, “derrubar os muros” que dificultam a conexão com o seu entorno.

Esta vinculação nos últimos anos não é aleatória, mas reforça que a IECLB está no meio da cidade, inserida na cidade, é parte da cidade e não está alheia a ela. Como tal, é também responsável pelo bem-estar da sua gente, por meio de orações e ações solidárias e promotoras da paz.

O Tema do Ano de 2014 – viDas em comunhão – convida a olhar para a cidade, vendo-a como um espaço em que a vida em comunhão é possível, como espaço de florescimento da paz.

Será que ainda conseguimos e até mesmo acreditamos neste ser humano capaz de amar e construir a paz?

Olhando para o que acontece nas nossas cidades e no “mercado religioso”, lembramos da tentação expressa em Gênesis capítulo 3, versículo 5: “comer do fruto” e “ser como Deus”. Aí reside a nossa tragédia. Na ânsia de querermos ser grandes, competimos, matamos, mercantilizamos, desrespeitamos, discriminamos, pensamos que somos eternos, nos desumanizamos. Esquecemos que não somos Deus!

Diante disso, é urgente resgatar a nossa identidade como criaturas criadas por Deus. O próprio Deus, por amor a nós, vem ao nosso encontro em Jesus Cristo e nos ensina o caminho da volta, o sentimento que leva à humanidade:

“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana,...”, conforme Filipenses, capítulo 2, versículos 5 a 7.

Cristo nos mostra em toda a sua radicalidade o que Deus espera do ser humano criado à sua imagem. Somos convidados e convidadas a, urgentemente, resgatar valores essenciais para a cidade enquanto espaço de bem-estar para todos e todas:

civilidade, justiça, democracia, tolerância, liberdade, diversidade, presença, diaconia, ecumenismo, fé, vínculo, harmonia, gratidão, respeito, esperança, diálogo, partilha – paz. Estes são valores próprios do Evangelho a serem resgatados e reforçados pela comunidade cristã em comunhão com a sociedade.

Hoje, a cidade é, como nos tempos do profeta Jeremias, um mercado para as religiões. Sobreviver nessa realidade como comunidade evangélica de confissão luterana requer trabalho. Fazer a diferença em prol da paz requer esforço maior ainda, porque tira a comunidade de uma zona de conforto.

Em um mundo com referenciais cada vez mais dispersos, o empenho pela paz faz a comunidade parar e pensar, tira a comunidade da ilusão do sucesso meramente numérico e a faz ultrapassar o sentimento de fracasso.

Promover a paz da cidade requer atitudes corajosas para fazer frente à desesperança. Comunidade cristã é essencialmente rede de apoio mútuo, individual e coletivamente.

Promover a paz requer perguntar constantemente pelo lugar da Igreja (da cruz) na paisagem urbana. Como no cartaz, o espaço da Igreja não se mostra automaticamente. É preciso ser revelado por meio do testemunho concreto de comunhão e de serviço.

O Tema do Ano de 2014 convida a perceber que as cidades são formadas por pessoas de Deus, que têm sede de sentido e de comunhão com Ele e entre si. O Tema convida a entender que o Deus que as pessoas buscam para a comunhão e a salvação na comunidade cristã também está no meio urbano. A vida na cidade não morreu! Só tem outra dinâmica.

O Tema de 2014 indica, de maneira categórica, desafios à IECLB:

- aprender a trabalhar a pertença das pessoas nas cidades para não perdê-las;

- dispor-se para a missão de Deus em favor da paz, assim como o fez Jeremias junto aos filhos e às filhas de Deus no desterro da Babilônia;

- renascer para uma vontade de ser Igreja na realidade urbana;

- orar pela paz da cidade e procurar por esta paz.

Pastor Nestor Friedrich
Pastor Presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil
 


Autor(a): Nestor Paulo Friedrich
Âmbito: IECLB
Área: Campanhas / Nível: Tema do Ano / Instância Nacional: Presidência
Natureza do Texto: Manifestação
Perfil do Texto: Mensagem
ID: 30812
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