Antes da criação do mundo, havia apenas um vácuo, o caos, mas não o caos da bagunça que vivemos hoje. A partir do momento que Deus começou a separar água e terra, criar animais terrestres e aquáticos, vegetais e seres humanos, iniciou-se a fase da harmonia e ordem. Tudo era bom aos olhos do Criador, tudo tinha sentido (Gn. 1.25b e 31a).
Na Bíblia, versão de Almeida, no capítulo 2 de Gênesis, versículo 15 lemos: “Então, Deus, pôs o homem no jardim do Éden para cuidar dele e nele fazer plantações”. Na versão da Bíblia de Jerusalém o versículo 15 está um pouco diferente, lemos: “Deus tomou o homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e guardar”. As versões se completam, apresentando a forma como devemos agir e receber a boa criação de Deus, cuidando, cultivando e guardando, todas estas ordens referem-se ao zelo e a forma de relação com a criação, sem dominá-la ou destruí-la, mas sim conservando-a, dedicando-se ao cuidado da terra e de seus seres. Por “homem” entenda-se “ser humano”.
Porém a vida no jardim do Éden não foi duradoura, pois o ser humano pecador, desobedeceu às ordens de Deus e como consequência teve que deixar o paraíso onde vivia e trabalhar para garantir seu sustento (Gn 3).
O cuidar, cultivar e guardar, foi trocado por dominar, destruir e usurpar. E isto fazemos até hoje. Tratamos as criaturas de Deus como seres a nossa disposição, fazendo-as servas sem o mínimo de respeito, esquecendo que também somos parte da criação, somos criaturas, corresponsáveis, não fomos criados como seres superiores, mais iguais, com a tarefa de zelar e cuidar.
Somos interdependentes, a nossa alimentação, o ar que respiramos, a roupa que vestimos, a água que bebemos, a sombra que alivia o calor, tudo provém de Deus, da sua boa criação. Podemos afirmar que a natureza é sábia e seu Criador fez uma obra boa e equilibrada.
Roseli Mª. K. Magedanz
Coordenadora do Projeto PROASA
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