Estamos tão acostumados a conviver com a exuberante natureza deste Paraíso da Serra chamado Campo Alegre, que nem nos damos conta do quanto “dependemos dela” para viver.
Dia 22 de março é o “Dia Mundial da Água”; o bem mais precioso da terra. Água, é o primeiro item a ser investigado nos demais planetas para saber se há alguma espécie de organismo vivo por lá. Sem água, sementes não germinam, plantas não frutificam, nada subsiste, seja o lugar que for.
Quem vive em lugares como o nosso, onde a água é abundante e acessível em torneiras, chuveiros, e centenas de nascentes, chega parecer um bem comum, infinito e banal.
Mas é justamente aí que erramos. Quando pensamos que a água nunca acaba, que não faz diferença economizar ou reaproveitá-la, nós desenvolvemos a cultura do desperdício. Amigos, se o costume e a rotina desta convivência com a água nos cegam para novas atitudes, e se uma conscientização teórica não for suficiente, então a escassez de uma longa estiagem nos fará mudar. Mas se os fatos ocorridos na região sudeste nos servir de exemplo, não sofreremos como eles. Basta cuidar e cuidar bem de nossas águas e nossas verdes matas.
Sem água, a vida custa mais caro, o dinheiro vale menos e por isso sai mais rápido do bolso. Sem água, empresas precisam demitir pessoal. Ansiedade e desespero entram no jogo. O roubo começa a ser justificado em nome da sobrevivência, o que tem, se arma para evitar prejuízos de seus investimentos. Surge a insegurança, a instabilidade social, a violência e a guerra. Água é meio de vida. Mas pode se tornar motivo de morte.
Em meio a seca destes dias, chegamos ao ponto de ter petróleo nos reservatórios e não ter água nos grandes centros urbanos? Muito esquisito esse comportamento do “homem moderno” do século XXI. Pois água sempre valeu mais que dinheiro. É o meio de vida para o ser humano e todo o ecossistema de nosso planeta. Sem água, não há dinheiro que reponha o prejuízo de sua falta.
Por isso, “PRESERVAÇÃO” é palavra de ordem. Por isso, propriedades com matas e nascentes de Campo Alegre, não são tão “nossas” como pensamos e dizemos. Tudo o que temos, na verdade é patrimônio da humanidade. Nossa, é a responsabilidade de zelar e usufruir com manejo sustentável. Se ignorarmos isso, poderemos sim, vir a perder o direito de propriedade e uso.
Na região em que Jesus Cristo andou, a água doce não era abundante. Por isso, os poços que ali haviam, eram mantidos e protegidos por centenas de anos. A mulher samaritana conhecia a história do poço em que tirava água. Ela disse a Jesus: “Nosso antepassado Jacó nos deu este poço. Ele, seus filhos e os seus animais beberam água daqui”. Vemos o cuidado que havia por aquele poço milenar. Mas Jesus disse algo ainda mais significativo àquela mulher; “Quem beber dessa água terá sede de novo, mas a pessoa que beber da água que eu lhe der, nunca mais terá sede. Porque a água que eu lhe der se tornará nela uma fonte de água que dará vida eterna”. (João 4:12-14).
Jesus revela-se como fonte da verdadeira vida. Vida que segue além da triste perspectiva da própria morte. Além disso, Jesus revela ter a água que sacia toda sede. Quantos tipos de sede existem em nosso mundo? Sede por dignidade, amor, satisfação, respeito, sede de perdão, de cuidado, de valorização, autoestima, família, etc. Ou essas “sedes” não são importantes?
Jesus não veio para saciar os nossos desejos. Mas com sabedoria proveniente do amor que se importa com o bem de toda a vida na terra. Jesus nos serve com sua Palavra e exemplo. Com sua própria vida e morte de cruz. Ele é a água viva, que sacia a toda gente.
Disse o Senhor: “Tudo está feito! Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem tem sede, darei água para beber, de graça, da fonte da água da vida” – Apocalípse 21:6.