Caras irmãs e caros irmãos em Cristo,
Um ano atrás, eu dizia que, limpado o terreno e cavados os alicerces, o conselho sinodal podia passar da posição defensiva a uma atitude mais ofensiva (no bom sentido). Acontece que o complicado calendário eleitoral da IECLB fez com que o novo conselho só fosse empossado em Julho de 2002, ocasião em que a atual diretoria foi eleita. Sua primeira tarefa foi definir as posições do sínodo para o Concílio de Santa Maria de Jetibá, que iria ocorrer em outubro desse ano.
A primeira atitude da nova diretoria foi criar, obedecendo decisão da assembléia, a “Comissão de apoio a paróquias necessitadas”. Ela imediatamente começou a trabalhar, sob a coordenação do próprio vice-presidente do conselho.
Além disso, foi feito o planejamento e a sistemática que o sínodo iria adotar daí para frente. Cabia, antes de mais nada, estabelecer linhas de trabalho e metas em várias áreas de atuação. Para este fim foram constituídas comissões de estudo para os seguintes temas:
Política de Comunicação
Política de Diaconia
Política de Formação
Política de Ensino Cristão (abrangendo crianças, jovens, culto infantil, etc.)
Política de Música Eclesiástica e Liturgia
Política de Missão Urbana / Metropolitana
A nominata destas comissões foi submetida ao plenário do conselho sinodal na reunião de 23 de novembro de 2002 e por ele aprovada.
Não é de surpreender que a comissão encarregada do assunto mais pragmático – da comunicação – já esteja apresentando a esta assembléia a primeira proposta prática – o portal do sínodo na internet. Haja vista que, em nossos dias, a presença na internet é indispensável para qualquer organização que queira se comunicar.
Também a comissão de política de formação já mostrou serviço em organizar es encontros de lideranças sob o tema “Fé e Compromisso”, que estão se realizando em três sub-regiões, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
As outras comissões tratam de assuntos de longo alcance, e o fruto de seus trabalhos vai se fazer sentir no correr do tempo.
Aos coordenadores das comissões e aos que se dispuseram a nelas colaborar cabe um voto de agradecimento pelo esforço e pela dedicação.
Como podem ver, estamos começando a construir sobre os alicerces cavados.
Introduzimos também uma mudança no modo de operar do conselho sinodal. Até 2002, o contato entre os conselheiros só corria nas reuniões plenárias e durante as assembléias sinodais. Procuramos uma maneira de dar-lhes mais responsabilidade e mais motivação para o exercício de suas funções. Além de enviarmos aos conselheiros a cópia das atas das reuniões de diretoria, para que estivessem cientes do que acontece e para poderem devidamente informar seus respectivos conselhos paroquiais. Também estamos canalizando nossas comunicações com as paróquias através dos conselheiros. Com isto, queremos estabelecer o fato de não sermos uma estrutura piramidal – onde os de cima mandam e os de baixo obedecem – e sim uma estrutura de rede, com nódulos ligados entre si. Este novo modo ainda não está firmemente implantado; leva tempo as pessoas deixarem hábitos antigos e adquirirem novos. Às vezes, o envio das atas não ocorre no prazo certo, às vezes ainda as comunicações não funcionam da forma que seria desejável, mas tenho a certeza de que vamos chegar lá e com isto tornar o trabalho do sínodo transparente para todos. Tenho certeza também que ao correr do tempo esta “rede” vai encaminhar críticas que nos devem levar a pensar e repensar os assuntos.
Evidentemente, a diretoria do conselho se encarregou de resolver os múltiplos assuntos administrativos a seu cargo. Em várias ocasiões, o pastor sinodal e o presidente do conselho, juntos ou isoladamente prestaram assistência na forma de aconselhamento a paróquias que dela necessitavam.
Pessoalmente, quero agradecer ao conselho a confiança que em mim depositou, e aos colegas de diretoria que não mediram esforços e sempre estiveram presentes quando era necessário.
Se não menciono em particular o pastor sinodal é pela simples razão dele apresentar seu próprio relatório. Mesmo assim, não quero deixar de agradecer-lhe pela postura fraterna que ele nunca deixou faltar. A duplicidade de mando estabelecida em nossos documentos não quer criar cobra de duas cabeças, mas sim demonstrar na prática o preceito de que todos sejam um.
Muito obrigado
Hermann Evelbauer
Presidente