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Viver é também envelhecer!

26/07/2015

O dia 26 de julho celebra o dia da vovó e do vovô. A sua origem talvez seja difícil precisar, mas há quem diga que está relacionada com o achado do túmulo dos avós de Jesus, descoberto em 1889 em Jerusalém.

Os avós são pais de nossos pais, existem laços consanguíneos que nos fazem saber da nossa procedência. Através deles temos a construção de um passado, presente. E, conhecendo a sua história, teremos maior facilidade em caminhar no presente. Feliz é aquele que ouve e pode ainda ouvir a história de seus antepassados. Pois quem não sabe donde provém, certamente tanto faz para onde segue com a sua vida.

A temática do idoso revela alguns temas pertinentes a forma como lidamos com a nossa existência. Chama atenção a quantidade de lares para idosos em nossa cidade. Isto revela certa dificuldade que temos em tê-los em nossas casas. Quer seja por falta de estrutura adequada e de próprio cuidado permanente. Noutras situações, na qual não há mais familiar para cuidar ou todos já envelheceram, certamente o lar de idosos é o único local de acolhimento e, para estar na companhia com outros (as). Enfim, todos certamente querem viver. Para tanto é preciso considerar que envelhecemos, que seja com muita disposição e dignidade. Que façamos também o melhor para aqueles que nos antecederam. Certamente também seremos ou já somos uma pessoa idosa.

Algumas questões a serem observadas:

a) qual é o círculo das nossas amizades? Geralmente é assim que restringimos as nossas relações com pessoas da mesma idade. E, se assim for, sofremos diante da perda destas por ocasião do falecimento. Por isso, quem sabe, tenhamos vínculos de amizade também com pessoas mais jovens. Nisto pode estar a construção de uma relação que venha propiciar uma troca de informações que possam auxiliar gerações com idades diferenciadas. Assim não perderemos o fio da própria história da nossa existência, estaremos valorizando gerações, atualizando as nossas informações.

b) onde está a nossa felicidade? Descobriremos que não está no quanto temos adquirido, na bela casa/apto que construímos. Prevalecerá o quanto temos amado e deixado de amar. As relações afetivas existentes é que nos sustentam diante das dificuldades da vida. Por isso, amemos mais, dedicando o nosso tempo na construção de vínculos, tornando-nos conhecidos diante do outro. A lembrança que permanece na memória da nossa existência está justamente em ter conhecido e amado pessoas e do quanto estas foram especiais para a nossa jornada neste mundo. Lembraremos para sempre o quanto brincamos, passeamos, amamos. Mas muito pouco estaremos reclamando da mesada que não demos ou recebemos. Prevalecerá para sempre o amor (1 Coríntios 13). Através deste amor estaremos fazendo a experiência do Deus conosco, fortalecendo a nossa existência com o seu afeto. Deus não nos descarta diante da nossa fragilidade, da nossa finitude. Nada nos separa do amor de Deus, mesmo que estejamos diante de limitações. Certamente é isto que importa quando celebramos o dia da vovó e do vovô. Deus ama a vida em todas as suas fases, também quando envelhecemos. Viver também é considerar que envelhecemos. Deus está por excelência presente em meio as nossas fraquezas, acolhendo-nos assim como somos, também no envelhecer. A amor de Deus se renova a cada manhã em nossa vida.

P. Werner Kiefer
 


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