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História de vida de Selma Bloedow Pommer

17/02/2016

 

Nome: Selma Bloedow Pommer

Tempo de participação na IECLB: Desde o batismo

Comunidade: Comunidade Evangélica do Confissão Luterana Pastor Norberto Schwantes

Paróquia: Canarana

Sínodo: Mato Grosso

 

 

Firme está o meu coração, ó Deus! 

Cantarei e entoarei louvores de toda a minha alma”. Salmo 108.1

Como gosto muito de cantar, nada melhor do que me apresentar com um Salmo que enaltece o louvor cantado e entoado.

Meu nome é Selma Bloedow Pommer. Nascida de família de agricultores Luteranos em São Pedro do Sul, no dia 27 de fevereiro de 1931. Meus pais são Luis Bloedow e Malvina Buss Bloedow.

Antes de completar dois anos de idade minha família mudou-se para Santo Augusto. No interior do RS não era fácil o acesso a escolas. Frequentei só cinco meses de aula, que eram dadas numa pequena igreja, o que passou a ser proibido quando se iniciou a segunda guerra. Por isso, meu pai enviou meu único irmão para estudar em cidade vizinha, mas por eu ser MULHER não permitiu que morasse fora de casa. Aprendi a ler e escrever com meu pai, com meu próprio esforço e com a ajuda de Deus. 

Casei-me com Maximiliano Pommer aos 19 anos e fomos morar em Campo Novo. Permanecemos ali por três anos e fomos morar em Derrubadas, então distrito de Tenente Portela, para trabalhar no comércio. A comunidade de Derrubadas mantinha uma escola evangélica que iniciou suas atividades com o Professor Maske.

Nesta nova localidade formamos nosso primeiro grupo de OASE na comunidade, em 06 de janeiro de 1956. Uma senhora (não recordo seu nome) mudou-se para ali, reuniu as mulheres e por mais ou menos um ano liderou as reuniões da “Frauenhilfe”. Ela foi embora, mas as reuniões continuaram, uma vez por mês aos domingos, no pavilhão da comunidade, coordenadas então por Marta Reschke. Depois foi minha vez de coordenar as reuniões, que o fiz por mais ou menos 24 anos. Na época (1954) o Pastor Wrasse vinha de Três Passos.

Em nossos encontros líamos a Bíblia, O Castelo Forte, cantávamos muito e fazíamos planos de como ajudar a comunidade. Sempre ajudávamos na preparação de festas fazendo bolachas, cucas e bolos. Também fazíamos muito artesanato que era vendido na tenda, em dias de festa.

Lembro-me de D. Hildegart, costureira, que muitos anos limpou a igreja e arrumava as flores do altar e de seu esposo Jeorge Lutz, que puxava o sino três vezes ao dia. Os encontros da OASE eram feitos em língua alemã, depois os Pastores passaram a dirigi-los em Língua Portuguesa.

Anos mais tarde formamos o “Coral 31 de Outubro” na comunidade e D. Idalina Grunewald era nossa maestrina. D. “Ida” e eu éramos costureiras e deixávamos nossas costuras de lado para ensaiar as vozes antes de levar ao grupo. Pelo correio chegavam partituras de outro coral do Paraná.

Lembro-me de um grande acontecimento em minha vida, quando participei de meu primeiro CONGRESSO NACIONAL da OASE, por volta dos anos 50. Foi no ” Asilo Pella e Bethânia” em Estrela, RS, coordenado por D. Dorotéia Seidel. 

Em 1983 mudamos para Canarana, MT. Fiquei muito feliz ao saber que ali também havia um grupo de OASE. Neste ano passei a cantar no coral da comunidade, dirigido pela Sra. Ruth Rinkling, que também nos acompanhava no piano que a comunidade ganhara de presente da Alemanha. O P. Gerd Uwe Kliewer e sua esposa Sra. Gerhild que atuavam na comunidade neste período, cantavam e davam grande apoio a este coral.

O grupo da OASE de Canarana realizava as mesmas atividades que eu já conhecia e com o dinheiro que este grupo arrecadou nas festas compramos os tijolos e a parte das janelas para a igreja em construção.

Como ainda gosto muito de cantar compus algumas letras de canções para apresentarmos em festividades da OASE, nos encontros setoriais, no Grupo de Idosos e aniversário de participantes do grupo. Para os idosos escrevi, por exemplo, uma pequena canção que tem como primeira estrofe:

Como é belo recordar nosso viver
Nossa infância e juventude, que prazer!
Nossa vida a dois, muito prazer nos deu
Filhos e netos também o bom Deus nos concedeu.


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