Nome: Ketlin Lais Schuchardt
Tempo de participação na IECLB: Desde o Batismo
Comunidade: Linha 5 de outubro
Paróquia: Maripá
Sínodo: Sínodo Rio Paraná
Meu nome é Ketlin Lais Schuchardt, tenho 20 anos e faço parte da Igreja Evangélica de Confissão Luterana em Maripá, na comunidade de Linha 5 de Outubro. Participo dela desde o dia de meu Batismo. Desde então sempre gostei e participei das atividades como Culto Infantil, Ensino Confirmatório e Juventude. Participei ativamente na comunidade até o início do ano de 2013. Depois disso decidi estudar teologia em São Leopoldo, onde estou atualmente.
O que sempre considerei importante em uma comunidade é o papel de família e refúgio que ela sempre representou para mim e para a minha família. Nesse espaço sempre tivemos apoio, pessoas amigas, conforto nas horas difíceis e também oportunidade para compartilhar as alegrias. A comunidade, juntamente com todas as atividades que oferece, transformou-se na minha segunda casa.
Como citei anteriormente, sempre participei ativamente das atividades na comunidade. O Culto Infantil era o meu preferido; sempre foi um espaço de aprender histórias, das quais me lembro até hoje, e também um espaço de fazer muitas amizades e de brincar. Depois da confirmação fui orientadora do Culto Infantil durante dois anos e meio. O grupo de jovens foi e continua sendo a atividade que mais me cativou e uma das quais que considero mais importante. O grupo de jovens desperta o interesse e o prazer de fazer parte de uma comunidade, ensina a conviver de perto com pessoas diferentes de nós, a trabalhar em equipe e oportuniza a participação em muitos encontros e retiros. Certamente posso afirmar que o grupo de jovens do qual participei e de que durante as férias ainda participo se transformou em uma família de laços mais fortes do que os de sangue.
As atividades das quais mais gostei de participar estiveram relacionadas com o grupo de jovens, principalmente na época em que participei do CONAJE (Conselho Nacional da Juventude Evangélica) como representante do Sínodo Rio Paraná.
Consequentemente, o CONGRENAJE (Congresso Nacional da Juventude Evangélica) foi o evento que mais marcou minha participação no grupo. Hoje, com experiências diferentes daquelas às quais eu estava acostumada na comunidade de origem, tenho a cada dia me apaixonado mais por teologia feminista e pelo trabalho e pesquisa do Programa de Gênero e Religião, no qual sou bolsista de iniciação científica pela Faculdades EST.
Se eu pudesse mudar algo, certamente seria a participação das pessoas na igreja e o seu engajamento nas atividades. Procuro me empenhar para que cada vez mais pessoas possam, assim como eu, experimentar o agradável sabor de ser comunidade, viver comunidade e não querer mais se desvincular. Acredito que o maior desafio é capacitar e motivar pessoas para assumirem compromissos; afinal, ser comunidade é comprometer-se com Deus e com as pessoas. Considero-me uma pessoa privilegiada por fazer parte da IECLB, igreja que me deu muitas oportunidades e espaço para ser protagonista.
Acredito que a contribuição que eu posso dar em relação à minha vida de fé, à sociedade e à comunidade é ser coerente na minha caminhada em relação ao que faço e anuncio. Nessa perspectiva, sempre busco contribuir com o trabalho na igreja e nas comunidades de que tenho a oportunidade de participar; sinto que essa é uma das formas de contribuir para a missão de Deus. Também penso que todas as relações de amizade, consolo, afeto e auxílio que dou e recebo dentro dos grupos de que participei e participo, não só relacionados à igreja, mas a toda sociedade, também fazem diferença na minha vida e na das outras pessoas.
A participação na comunidade me proporcionou muitos momentos marcantes, como fazer a primeira viagem de avião, conhecer grandes cidades, pessoas de diferentes lugares. Pude participar de grandes eventos da juventude e da igreja, conhecer e ajudar pessoas. A soma de todas essas experiências de frustrações, alegrias e anseios, despertou em mim a vontade de fazer teologia. Foi difícil a decisão de sair de casa – aliás, minhas duas casas, aquela em que eu morava com minha família e a comunidade. Desde o início, recebi e recebo muito apoio do ministro, da ministra, da minha família e de toda a comunidade, que se orgulha muito da minha decisão. Isso me faz muito feliz.
É impossível não lembrar que momentos de aflição e desespero também marcam a vida em comunidade, mas foi lá que também busquei e consegui conforto, auxílio e ajuda nas horas de dor e dúvida. Enfim, a comunidade precisa ser construída e sentida diariamente. Nem tudo são flores, mas as experiências precisam ser, assim como a comunidade, vividas em comunhão.
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