Cantos
Oração
1. Ler a Carta do Pastor Sinodal Geraldo Graf
ESTUPRO E A CULTURA MACHISTA BRASILEIRA
Na semana passada, os noticiários do mundo inteiro expressaram sua indignação sobre o estupro sofrido por uma adolescente no Rio de Janeiro (área do Sínodo Sudeste). Menos o delegado, designado para investigar o acontecido (entrementes substituído). Numa atitude claramente machista, ele perguntou à adolescente se ela já havia praticado sexo coletivo anteriormente. Fato comprovado ou não, a mulher é sempre o lado mais frágil na história. Lamentavelmente, ainda somos um país com forte cultura machista. Não adianta se horrorizar com os estupros, comuns na Índia. Aqui acontece igual ou pior.
No Brasil, dizem as estatísticas, a cada 11 minutos uma mulher é estuprada. No Metrô de São Paulo, diariamente há denúncias de assédios sexuais contra mulheres. Ex-maridos e ex-namorados matam suas companheiras para lavar a honra (e até são admirados por isso). O amor eterno, jurado antes do casamento, rapidamente vai se transformando em pilota de fogão e operadora de máquina de lavar roupa como obrigação da esposa, enquanto o marido está ocupado em ler o jornal e ver o noticiário esportivo na TV. Esquece-se que a mulher assume dupla ou até tripla jornada diariamente. Em boa parte, no Brasil a mulher ainda é tratada como objeto-propriedade do homem. Na agressão sexual, a suspeita de culpa sempre recai primeiro sobre ela.
O Sínodo Sudeste baseia-se em Gênesis 1.27; 2.18 e nos evangelhos para afirmar que o machismo faz parte de uma cultura machista pecaminosa e que agride frontalmente a vontade de Deus, que criou homem e mulher com direitos e deveres iguais, e a ação de Jesus Cristo (somos todos e todas um em Cristo - Gálatas 3.28). O Sínodo conclama as comunidades para aprofundar o assunto em seus encontros comunitários realizando ações concretas para vencer e eliminar tal cultura. (Pastor Sinodal Geraldo Graf)
2. DIÁLOGO SOBRE A CARTA (5min)
3. O que a Bíblia nos diz sobre violência de gênero?
(se possível em dois grupos, sendo que cada grupo lê um texto)
Ler textos bíblicos: Juízes 19.1-30 e 2Samuel 13.1-18a.
Depois da leitura, voltar ao grupo grande e cada qual compartilha a sua leitura com os demais.
4. DIALOGO DEPOIS DAS LEITURAS (10min)
- Por que esses texto estão na Bíblia? Será que eles são Palavra de Deus?
- Falar sobre o contexto desses textos. Ler os títulos de algumas páginas antes e depois de cada texto. As lutas internas e as guerras externas motivadas pelo poder e pela dominação sobre os outros povos. Tempo dos juízes e o início dos reis de Israel (Saul, Davi, Absalão, Salomão, ...)
5. Comentário:
Os textos que lemos são textos de denúncia. Estão aí para escandalizar, para horrorizar. Eles querem visibilizar os horrores que as pessoas fazem – em nome de Deus. A vontade de Deus, a palavra de Deus está em visibilizar esses horrores, para que eles não se repitam nunca mais. A palavra de Deus está em colocar as coisas que se fazem em nome de Deus sobre a mesa, para que as pessoas se conscientizem e assim evitem repetir esses horrores. Portanto, a palavra de Deus nos diz aqui que as coisas horríveis que se faz em nome de Deus devem ser visibilizadas, conversadas e denunciadas como atitudes que não são vontade de Deus.
6. Como se fortalece a cultura de violência de Gênero hoje?
Veja a foto abaixo (DOLCE&GANANA). Exemplo: o que vemos nessa foto?
(diálogo de 5min)
7. Comentário:
Há um consenso entre estudiosos e estudiosas da violência contra crianças e mulheres de que quanto mais acentuada é a desigualdade de gênero, maior é a violência imposta a elas. Nossas meninas, nossas adolescentes, nossas mulheres adultas e idosas estão sendo violentadas em seu direito de existir. É fundamental educar nossas crianças para a igualdade de gênero, para o reconhecimento da dignidade de mulheres e de homens, para o respeito à diversidade. É necessário educar nossas crianças para o amor, pois o amor “não se alegra com a injustiça” (I Co 13, 6).
O silenciamento das igrejas diante da violência contra as mulheres alimenta as estatísticas da violência no mundo. Portanto, denunciar a violência, combatê-la e educar para a igualdade de gênero se coloca como imperativo ético para o cristianismo. Vamos abraçar esse legado e encorajar outras mulheres [e homens] a juntarem-se a nós enquanto lutamos com as questões de gênero que afetam a todas [e todos] nós.
8. Compromisso: (A partir do cartaz abaixo - VIOLÊNCIA DE GÊNERO)
As pessoas são desafiadas a se manifestar fazendo algum compromisso, como por exemplo:
- Eu me comprometo em nunca mais contar piadas machistas.
- Eu me comprometo a ...
9. Oração final
10. Canto