Mais alguns dias e estaremos comemorando o Dia dos Pais. Será que o tema da IECLB não quer nos chamar a atenção também para a reconciliação entre Pais e Filhos? A reconciliação dentro do lar? Entre irmãos? A reconciliação é extremamente necessária na vida em família, no nosso dia-a-dia. Não existe casa onde a reconciliação não seja necessária. Ela é tão necessária como o ar que respiramos, a bebida ou a comida. Quantas famílias são destruídas porque não existe a reconciliação? Quantos desentendimentos começam por coisas banais, uma palavra mal dita, um olhar atravessado, uma palavra pronunciada um pouco mais dura para a esposa ou para o esposo, uma falta de compreensão com os filhos. E tantas vezes acontece que a parte ofendida fica quieta, aguardando o momento certo de “dar o troco”. Se nas pequenas coisas isso acontece, imaginemos nos problemas maiores. Se não houver a reconciliação o desentendimento será como uma bola de neve descendo da montanha: cresce, cresce e não tem mais como parar. Reconciliar parece difícil. E é mesmo. Se fomos enganados, perdemos a confiança. Se nos machucaram, parece impossível perdoar. Como é dolorida uma ofensa quando nós a sofremos. Mas certamente não nos damos conta da dor que causamos quando nós também ofendemos. Ofendemos, machucamos e somos ofendidos e machucamos também. Não só o nosso próximo, a nossa irmã, mas ofendemos a Deus. Mas Deus não nos revida com a mesma moeda, como nós costumamos fazer. Ele nos perdoa de forma incondicional.Necessitamos aprender e praticar a reconciliação. Assim como Deus fez e faz conosco. Já pensaram se Deus fizesse conosco assim como nós nos tratamos? Se Ele ficasse guardando no seu coração todos os erros que nós fizemos, para na hora “H”, esfregar tudo na nossa cara. Deus não age dessa maneira. Ele nos perdoou, Ele nos reconciliou. Não o faz por causa de nossa promessa de não mais errar e ofender, mas única e exclusivamente porque Deus tomou a iniciativa e seu filho morreu pela humanidade. Agindo assim, Ele quer que nos reconciliemos entre nós e também nos reconciliemos com Deus. Quem sabe, cada vez que brotar em nós o sentimento da vingança lembremos que Deus não se arrepende de ter nos reconciliado. Reconciliação é a chance de recomeçar, de ser feliz apesar dos erros e das decepções. Que Deus nos ajude, e, que nossas famílias, nossas casas possam ser lugar onde reina a reconciliação.
P. João Willig
Pastor Sinodal
Sínodo Planalto Rio-grandense