Eu sou filho de Maria! Imagino quantas vezes Jesus teve que usar tal sentença em sua vida. Pode até não aparecer nos Evangelhos. Mas, com certeza, por muitas vezes, Jesus teve que defender sua origem humana e maternal. É importante a gente ver a vida de Jesus de diferentes perspectivas, além da tradicional, como Filho de Deus. Convém lembrar sua relação com Maria. Não creio que a Palavra de Deus tenha vindo embutida no coração do menino de Nazaré. Foi no colo de Maria que ele recebeu consolo e incentivo. Foram dos lábios de Maria que saíram as primeiras histórias do povo de Deus, as orações, os cânticos. Aquele menino divinamente vocacionado teve a motivação e carinho de uma mãe também divinamente vocacionada. Enquanto Jesus adolescente aprendia o ofício de carpinteiro, a mãe orava. Enquanto Jesus cumpria seu ministério, abraçando leprosos, dormindo ao relento, usando uma pedra como travesseiro, distante geograficamente – próxima de coração - a mãe se preocupava. Quando vieram aos ouvidos de Maria o ódio dos seus inimigos, ela temeu. Mesmo assim, no fim Maria estava lá ajoelhada aos pés de Jesus, ouvindo suas últimas palavras na cruz. Jesus – como filho atencioso - encarregou o discípulo amado (João) para cuidar da mãe (João 19.26-28). Maria foi uma mãe presente, que deu base sólida à vida do filho. Jesus foi um filho exemplar que, cumprindo seu chamado, não deixou de zelar pela mãe. Com certeza, na primeira igreja, onde a Palavra de Deus ainda não estava gravada no papel, muitas vezes foi solicitada a presença de Maria para testemunhar sobre seu filho preparado por Deus para ser o Salvador do mundo, aquele que venceu a morte. Jesus vive! Sua mensagem e seu estilo de vida precisam ser propagados. A própria relação entre Jesus e Maria deve servir de exemplo geração após geração. Um feliz e abençoado DIA DAS MÃES na paz do Senhor!