Sim! Surpresas fazem parte da vida de cada mãe. Surpresas boas como o anúncio da gestação de uma criança, a hora do nascimento, os primeiros passos, as primeiras palavras, primeiras descobertas da vida de um frágil ser.
Há algumas surpresas que podemos chamar de sustos que levamos constantemente no exercício da maternidade. Há aqueles sustos que nos estremecem por inteiro, diante do primeiro tombo da criança, de uma internação hospitalar, das febres, dores e lágrimas que as crianças padecem. Nosso coração aperta, nossa alma de mãe pergunta, e agora? Como será? O que se pode fazer?
Toda mãe é acometida em sua vida por grandes e pequenos sustos. Isso me fez lembrar da mãe de Jesus, Maria, que assustou-se com a visita do anjo que lhe anunciou a gravidez, o susto que levou quando o pequeno Jesus se perdeu da caravana que voltava para Nazaré, sendo que o encontraram no Templo falando com os adultos sobre a Lei de Deus (Lc 2.41-52); do susto que levou Jocabede, a mãe de Moisés e Miriam, com a notícia de que todos os meninos recém nascidos deveriam ser mortos em terras egípcias; do susto das mulheres que também eram mães e foram bem cedo ao túmulo embalsamar o corpo de Jesus e ali ele não estava mais, do susto da mãe da pequena que havia morrido e juntamente com Jairo intercedem para que Jesus lhe restitua a vida e lhe ressuscite, quantos e quantos sustos fazem parte da vida de pessoas que amam, educam, acolhem, orientam e afagam seus pequeninos e pequeninas em suas vidas.
Recentemente fui tomada de grande susto: minha filha, ao participar de uma festa de aniversário da amiguinha, primeira onde permanece sozinha no local, caiu do pula-pula e abriu a testa. O susto: os pais da amiguinha vieram nos chamar em casa dizendo: sua filha está no hospital! Imagina a correria! O coração e pernas disparados!
Coração de mãe é assim: preparado por Deus para ser forte e levar pequenos e grandes sustos, grandes e pequenos medos, na certeza de que nenhum deles é maior do que o grande amor e cuidado que Deus para conosco. Em meio ao susto, ao desespero, podemos confiar e entregar nossas aflições nas mãos de Deus, sentir sua presença e cuidado nos grandes e pequenos sustos da vida. Após a tormenta surge a bonança, após o susto podemos relaxar, agradecer ao que nos carrega e fortalece a cada susto da vida maternal.
O resultado do tombo de minha filha, primeiro grande susto desta mãe: quatro pontos da testa, muitos beijinhos e amor para sarar e curar, com a graça e o cuidado de Deus! Como mães, sigamos confiantes, na certeza de que os sustos continuarão assim como a confiança e a certeza da mão protetora e acalmadora de Deus em nosso viver. Feliz dia das Mães!
