Somos todos e todas iguais na diferença! Por isso, somos todos únicos e todas únicas e especiais! A diversidade enriquece a convivência, ensinando como interagir com capacidades e dons diferentes daqueles que temos ou que estamos acostumados e acostumadas a conviver. Na escola, encontramos colegas que são bons de bola ou que sabem desenhar, pintar e escrever muito bem. Esses mesmos colegas, essas mesmas colegas podem ter outros limites, como, por exemplo, dificuldades de fala, de audição, de deslocamento, de aprendizagem em alguma área, etc.
Isso não significa que devemos esconder a dificuldade ou desistir diante de seus desafios, nem mesmo ignorarmos aquela pessoa que sempre necessita de ajuda. Por exemplo, uma grande dificuldade é saber conviver com a diferença quando essa se refere a algum tipo de deficiência física ou intelectual.
Nesse caso, todos e todas podem aprender a conviver! E, nessa aprendizagem, todos e todas nós ganhamos, pois nos aproximamos mais da realidade da outra pessoa e desenvolvemos novas capacidades em nós mesmos, em nós mesmas, que às vezes nem imaginamos possuir. Então, em vez de rapidamente dizer que não sabemos, que não podemos ou não conseguimos conviver bem com a condição física ou intelectual dos colegas e das colegas, podemos assumir outra atitude: a de aprender com essa nova situação.
Jesus indica os primeiros passos na nova atitude de vida. No texto de Marcos 2.1-12, um grupo traz um amigo paralítico para ser curado. Quando Jesus o vê, afirma que seus pecados estão perdoados. Então, os escribas que questionavam a pregação e as atitudes de Jesus perguntaram por que oferecer o perdão dos pecados quando somente Deus poderia fazê-lo. Ao perceber a crítica, Jesus pergunta: “O que é mais fácil dizer ao paralítico: 'Os seus pecados estão perdoados' ou 'Levante-se, pegue a sua cama e ande'? A seguir, Jesus ordena ao
paralítico que tome o seu leito e ande.
No texto, Jesus ensina duas coisas: primeiramente, não ter preconceito: saber conversar, aceitar e acolher a pessoa com deficiência. Para isso, é necessário conhecer as características de cada pessoa, para saber como interagir para que uma boa intenção não seja inconveniente; também, porque sempre há novos estudos a respeito da causa das deficiências.
Nesse processo, aprendemos igualmente sobre nós mesmos: sobre nossos limites relacionados ao preconceito, a medos e inseguranças. Conviver com outras pessoas é aprender sobre nós mesmos! E isso é enriquecedor, pois compreendemos que temos algum limite a superar.
Em segundo lugar, Jesus fala da cura. A busca pela saúde plena é uma constante na história da humanidade. Por isso, são dedicados tanto tempo e recursos financeiros para a pesquisa científica. Assim, hoje é que muitas pessoas podem utilizar aparelhos auditivos, óculos, próteses e remédios que equilibram o sistema químico do corpo, por exemplo. A informação e o acesso aos novos recursos são fundamentais.
Então, o primeiro passo, como ensina Jesus, é deixar de lado o nosso preconceito, para que a pessoa com deficiência seja acolhida e possa superar o medo de ser rejeitada e a insegurança frente a sua limitação. O segundo passo é buscar informação sobre os centros de referência em sua cidade para auxiliar pessoas com deficiências físicas, intelectuais e sensoriais.
Proposta de atividade
Faça uma pesquisa sobre os centros de atendimento existentes em sua cidade para pessoas com deficiência física, intelectual e sensorial. Inclua na pesquisa o apoio dado pela prefeitura a essas entidades e procure conhecer as famílias que necessitam de recursos. Compartilhe a pesquisa em forma de seminário, abordando também o tema do preconceito.
Pa. Karen Bergesch
Pastorado Escolar do Colégio Cônsul Carlos Renaux,
Brusque/SC
Índice do Caderno de Subsídios da Semana Nacional das Pessoas com Deficiência - 2012