Em Belém, a 10 km de Jerusalém, encontra-se a Basílica da Natividade, construída no ano de 334 d.C, supostamente sobre a gruta onde Jesus nasceu. Para entrar na Basílica, é preciso se curvar e passar por uma pequena entrada de 1,20 m de altura. Essa entrada chama-se Porta da Humildade.
Passamos por uma experiência semelhante ao entrar numa sala com a porta rebaixada. É preciso curvar-se para entrar. Curvar-se é uma atitude de humildade. A palavra humildade vem do latim e quer dizer perto do chão. O que significa estar e andar perto do chão?
Mesmo que não apareça explicitamente, a humildade está presente na parte inicial do versículo de 1 Pedro 4.10, que diz: “Sirvam uns aos outros”. Quando vivemos em humildade, quando estamos perto do chão, enxergamos as pessoas de outra maneira e estamos mais próximos de quem necessita de ajuda.
A pequena porta da Igreja da Natividade nos lembra de como foi o nascimento de Jesus, que, humildemente, veio para servir e não para ser servido (Mateus 20.28). No Batismo, somos acolhidos por Deus e passamos a fazer parte do corpo de Cristo. Renascidos e renascidas pela graça de Deus, no Batismo, somos chamados à comunhão, ao serviço, à diaconia.
Podemos servir em diferentes situações e de diferentes formas. Às vezes, atitudes singelas, como um sorriso ou um abraço, são maneiras de servir. Deus não exige de nós além das nossas possibilidades. Basta colocarmos à disposição das outras pessoas aquilo que podemos e sabemos fazer.
O próprio Cristo, a porta da vida plena (João 10.9 e 10), nos fortalece a passarmos diariamente pela porta da humildade e nos convida, dizendo: Sejam meus seguidores e aprendam comigo porque sou bondoso e tenho um coração humilde; e vocês encontrarão descanso. Os deveres que eu exijo de vocês são fáceis, e a carga que eu ponho sobre vocês é leve (Mateus 11.29-30).
Técnica
Material: Um pedaço de papel pardo de 1,20 m X 1,20 m, fita adesiva.
Desenvolvimento
a) Antes da leitura do texto
1) Prende-se, com antecedência, na parte superior da porta onde acontecerá o encontro, o papel pardo, de modo que as pessoas tenham que se abaixar para passar.
2) Conversar sobre a experiência da passagem pela porta rebaixada. O que vocês sentiram ao ver o obstáculo na porta? O que sentiram ao passar pela porta rebaixada?
b) Depois da leitura do texto
1) Formar grupos de até cinco pessoas para refletir sobre as seguintes perguntas? O que a porta da humildade tem a nos ensinar? Quais são os obstáculos que, pessoalmente e comunitariamente, nos impedem de servir com humildade?
2) Compartilhar as reflexões dos grupos.
3) Finalizar o encontro com uma oração coletiva. Depois as pessoas saem, passando pela porta rebaixada. Do lado de fora da porta, as pessoas despendem-se com uma palavra de envio e um abraço.
Catequista Maria Dirlane Witt
Catequista Edson Ponick
Departamento de Catequese da IECLB