PITAIA: UMA PLANTA COM POTENCIAL DE PRODUÇÃO E CONSUMO
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O programa Comida boa na mesa traz dicas técnicas e o faça você mesmo, promovendo a agroecologia e um mundo melhor e sustentável. É produzido pelo Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia, o CAPA, integrado à Fundação Luterana de Diaconia e vinculado à Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.
O consumo da pitaia vem aumentando nos últimos anos, principalmente devido à beleza do fruto e a seus potenciais nutricionais e medicinais.
A fruta, de sabor suave e doce, polpa firme e repleta de sementes, tem grande aceitação. Além disso, o fruto também possui outras propriedades bioativas: riqueza em antioxidantes, presença de substâncias que neutralizam toxinas, reduzem o colesterol e a pressão sanguínea, além de serem ricas em fósforo e cálcio.
Mas a pitaia pode ser considerada também uma Planta Alimentícia Não-Convencional, também conhecidas como PANCs, porque todas as partes da planta podem ser consumidas, incluindo os ramos e flores, que apresentam grande quantidade de compostos bioativos e propriedades medicinais.
Na região sul do Brasil, muitas pessoas não conhecem a planta como pitaia, mas como a flor dama-da-noite. Isso porque, em geral, para que seja possível a produção de frutos, é necessária a polinização manual das plantas, porque as flores abrem durante a noite, quando praticamente não existem polinizadores naturais.
Assim, para quem tem a flor dama-da-noite em casa, no seu jardim, pode realizar a polinização manual, espalhando o pólen de uma flor pelas outras, e vice-versa.
O ideal é que sejam de plantas diferentes. Essa prática permite a fecundação de algumas flores e a produção de frutos. Já em pomares comerciais, é interessante que a polinização seja feita com espécies diferentes, possibilitando a produção de um maior número de frutos.
Para quem tem interesse em implantar um pomar um pouco maior, talvez até com fins comerciais, é importante buscar mudas de qualidade. Além disso, é importante usar tutores de madeira ou concreto para sustentar a planta e facilitar os tratos culturais, como poda, polinização e colheita.
A adubação deve ser com bastante matéria orgânica, com grande uso de esterco espalhado ao redor das plantas.
Em relação ao consumo, o preço dos frutos vem baixando devido à maior produção nos últimos anos. Sempre devemos buscar os frutos e outros produtos em feiras livres agroecológicas.
Além disso, devemos consumir a pitaia na sua época de produção, que se dá entre dezembro e abril. Fora desse período o fruto geralmente é armazenado em câmara fria e transportado por longas distâncias, o que torna o produto menos nutritivo e mais caro.
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