“Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios” (Salmo 103.1-2).
Pandemia. Quarentena. Isolamento. Medicamento. Tosse. Febre. Cansaço físico. Higienização. Máscaras, número de positivados.... Quantas palavras que se unem ao “não abrace”, “não dê a mão”, “fique longe”, e, que vão agregando dor emocional ao ser humano que cuida do outro ser humano fragilizado. Como agir, O que falar, quando olhares buscam o teu em busca de acolhimento e aconchego?!
A Palavra de Deus tem sido alimento diário, distribuído na forma de pequenos pergaminhos de fé; proclamada no sistema de som duas vezes ao dia para todos os ouvidos em todos os cantos; acolhido por corações angustiados nas pequenas rodas com distanciamento nos setores. “Deus te abençoe”, palavra de bênção proferida na passagem dos transeuntes nos diversos corredores.
Sim, a minha alma, em tempos tão instáveis, bendiz ao Senhor. Meu ser agradece diariamente o cuidado e amor de Deus por nós. Olhar várias vezes, todos os dias, para a cruz na capela do hospital, é reconfortante, pois é aos pés da cruz que, em nossas fragilidades, Deus nos reconstrói e fortalece. Deus, Jesus Cristo e Espírito Santo nos abraça diariamente, e isto, é verdade e testemunho de amor.
*Relato compartilhado pela Pastora Mayke Marliese Kegel, Capelã no Hospital Dona Helena, em Joinville/SC.