Gustavo estudava Teologia. Sabia que era uma oportunidade e um tempo especial. Deus estava preparando-o ao ministério. Naquela manhã sua maior lição aconteceu fora da sala de aula. A responsável foi Dona Judite. Gustavo embarcava todo dia no mesmo ponto de ônibus. Ele entrou e sentou-se ao lado da Judite. Lá pelas tantas, a velhinha abriu sua bolsa, tirou um saquinho e começou a beliscar pequenos petiscos. Ele olhou. Ela ofereceu. O que é isso? Perguntou. Semente de girassol! Pra que serve? Pra muita coisa... Inclusive pra emagrecer. Achei que só papagaio comia... Disse o jovem teólogo. Bem lembrado! Disse a velhinha. Daquele momento em diante, volta-e-meia, ela jogava algumas sementes pela janela, sempre dizendo: Os passarinhos também são criaturas de Deus! Gustavo, então, começou a reparar que Judite frequentemente viajava no mesmo ônibus. Quando conseguia, sentava ao seu lado para conversar. Noutras, apenas a observava à distância. Ela continuava com o mesmo hábito: Uma semente na boca, outra pela janela. Porém, depois de um período de férias, Gustavo não viu mais Judite. Como o condutor do ônibus era sempre o mesmo, perguntou: Onde está a velhinha das sementes? De maneira curta e seca disse: Morreu! Continuou: Mas, deixou uma bela lembrança. Repare pelo caminho a quantia de girassóis que existem nos terrenos baldios. De fato, Gustavo confirmou a plantação espontânea da Judite. Daquele dia em diante, vez por outra, também trazia um saquinho de sementes consigo. Uma na boca, outra pela janela. Ele entendeu que aquilo que a gente semeia também colherá, seja de propósito, seja por bondade. Tornou-se um pastor apaixonado pela Seara do Senhor. Leia Gálatas 6.7.