Nada justifica a violência, nem sequer a que se apresenta como fruto da intolerância. Estamos assustados com os rumos que algumas fobias intolerantes estão tomando em nossos dias. Sátiras são, muitas vezes, intolerantes. Assim o jornal francês, alvo de um tragédia injustificada da intolerância religiosa, também atacou o cristianismo dentro da liberdade de expressão da qual não podemos abrir mão. E um gesto de intolerância acabou desencadeando vários outros gestos de intolerância, num crescendo preocupante.
A Paróquia Martin Luther foi criada em 1827 a partir das mãos dadas de franceses, alemães e brasileiros na cidade do Rio de Janeiro. Aqui a Palavra tem sido pregada e, certamente, em francês, muitas vezes se ouviu a leitura de João 14.6: JE SUIS LE CHEMIN, LA VÉRITÉ ET LA VIE. JE SUIS passou a ser palavra de ordem contra a intolerância e, embora evidentemente sejamos solidários com o sofrimento do povo francês e especialmente das famílias que choram seus mortos, não podemos simplesmente dizer JE SUIS para publicações que atacam também o cristianismo. No culto deste domingo 11 de janeiro ouvimos a pregação do Pastor Antonio Carlos Ribeiro sobre o texto de Romanos 12.1-3. O apóstolo recomenda que ninguém se ache superior ao outro, mas que aja com a bondade e amor característicos de quem tem os valores da misericórida divina como parâmetro de sua vida. Que esta seja sempre ainda a nossa mensagem conciliadora e tolerante