“E, arrastando eles os barcos sobre a praia, deixando tudo, o seguiram.” (Lucas 5.11)
É! Não deu peixe. Lancem as redes novamente – disse Jesus. Que milagre! As redes quase estouraram de tanto peixe. Fazer o que? Remar até a praia. E depois? Largar tudo e seguir Jesus Cristo – foi isso que os discípulos fizeram. Essa não seria também a hora de trazer meu “barco” à praia?
Meu “barco” navega em ondas revoltas que impelem para frente e para trás; para cima e para baixo. Às vezes, sofro enjôo. Epa! Jesus só pode ser seguido em terra firme. Será que o meu “barco” não está por demais carregando de “passividade”? Pois vou dar uma olhadinha se alguém já não pintou o nome ECM (Eu Comigo Mesmo) no casco do mesmo.
Faz alguns dias surpreendi uma pessoa com um pincel e uma lata de tinta na mão, tentando pintar o nome GIT (Gastança Inútil de Tempo) numa das laterais do meu “barco”. É incrível, mas são muitas as possibilidades de se batizar o meu “barco”. O fato é que eu posso estar perdendo as Bênçãos de Deus, enquanto decido ficar navegando sem ancorar.
O texto da “pesca maravilhosa” traz boas informações sobre meu compromisso com Deus. Os nossos antepassados se decidiram por Jesus Cristo e foi por isso que nasceu a Comunidade na qual participo. Naqueles dias eles trouxeram o seu “barco” a terra, porque queriam seguir o Filho de Deus, a partir de um testemunho contextualizado...
Que coisa! Eu sempre de novo sou tentado a reembarcar no “barco” para armazenar o que foi colhido; para deliciar-me com o fruto costumeiro. Não! A semeadura precisa continuar. O “ph” do solo mudou... O clima mudou... As circunstâncias mudaram...
Simão Pedro trouxe o seu barco à praia e só então se concentrou no discipulado. Ele queria sair do lugar comum; “mergulhar” noutras frentes. Foi com esse objetivo em vista que deixou tudo para trás. É esse o caminho que nos leva para o Reino de Deus. Primeiro, depositar todas as nossas cargas nos ombros de Jesus e, depois, submeter nossa vida à Sua direção; crer que tudo contribuirá para o nosso bem.
Quero levar meu “barco” ao ancoradouro; desconsiderar o que não é importante e seguir caminho abençoado por Deus. Que caminho é este? Proponho que o descubramos na Comunidade Cristã, a partir de diálogos e mais diálogos. Abraços!
