Paróquia Ferrabraz

Sínodo Rio dos Sinos


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Quem é Jesus? | Lucas 3.15-17, 21-22

1º Domingo após Epifania

09/01/2022

 

Amados irmãos, amadas irmãs,

na última quinta-feira, dia 06 de Janeiro, comemoramos no calendário litúrgico da igreja o dia da Epifania do Nosso Senhor. É o dia em que os reis magos chegaram para visitar Jesus e se alegraram com grande júbilo pelo menino que acabou de nascer. A palavra epifania significa revelação. O dia 06 de Janeiro não é apenas um dia para desmontar o pinheirinho e retirar os enfeites de natal da casa. Assim como a data do natal, o dia da epifania quer nos fazer pensar e refletir sobre quem é este que nasceu na cidade de Belém.

Hoje nós lembramos o batismo de Jesus. Ainda no dia 06 de Janeiro ele era uma criança visitada por reis magos; hoje, 08 de Janeiro, já é um adulto com trinta anos de idade recebendo o batismo de João Batista. Não temos muitas informações sobre os trinta anos de vida de Jesus. A Bíblia nos relata seu nascimento, as visitas que ele recebeu e então dá um pulo para o início do seu ministério. O apóstolo João nos diz: “Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas uma por uma, penso que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos” (João 21.25. Os evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João relatam os aspectos mais importantes do ministério de Jesus. Se eles fossem escrever todas as coisas que Jesus fez em seu ministério e ainda sobre os seus trinta anos de vida, não haveria biblioteca no mundo capaz de armazenar tantas páginas de livros.

Por isso, o que sabemos sobre Jesus é o suficiente. Os evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João foram usados por Deus para escreverem aquilo que é de mais importante, para que tomemos conhecimento de quem foi Jesus. Por isso, os temas mais importantes da vida de Jesus aparecem em todos os quatro evangelhos. Dentre eles, podemos mencionar a crucificação e ressurreição de Jesus. Além disso, só o que temos nos quatro evangelhos já é uma fonte inesgotável de sabedoria da Palavra de Deus. Lemos e relemos esses textos e sempre temos algo novo a aprender com eles. Os evangelhos são como uma nascente de água viva que nunca para de jorrar novos ribeiros que deixam tudo verde por onde passam.

Lucas é uma importante testemunha dos acontecimentos acerca de Jesus. Do ponto de vista histórico, Lucas é o evangelista mais confiável. Ele não andou com Jesus por três anos e não conheceu Jesus pessoalmente. Portanto, Lucas não é suspeito em suas palavras, pois ele escreveu com objetividade. Lucas era médico e historiador. Portanto, ele escreveu o seu evangelho com a visão de um “cientista” da época. A intenção de Lucas era provar para Teófilo (que provavelmente financiou a sua pesquisa) que o que se dizia a respeito de Jesus era, de fato, a verdade. Assim nos diz Lucas 1.1-4: “Visto que muitos já empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram eles testemunhas oculares e ministros da palavra, igualmente a mim pareceu bem, depois de cuidadosa investigação, de tudo desde a sua origem, dar-lhe por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem, para que você tenha plena certeza das verdades em que foi instruído.” Só na linguagem já percebemos que é um “doutor” quem está falando. A linguagem de Lucas é culta e refinada. Lucas fez uma cuidadosa investigação. Sua conclusão é que tudo o que se falava sobre Jesus não podia ser mentira. Por isso, o evangelho de Lucas é até hoje a maior “pedra no calçado” daqueles que procuram desconstruir a ressurreição de Jesus.

Uma das funções do 1º domingo após Epifania é exatamente essa: mostrar a nós quem é Jesus. Hoje há muita confusão sobre Jesus. Há quem diga que ele foi um personagem importante da história; ou que foi um revolucionário crucificado por enfrentar o estado; que foi um filósofo que trouxe uma nova forma de ver as relações humanas; que foi a pessoa mais sábia que passou pela terra; ou que ele não existiu, mas é uma criação da igreja para controlar a mente das pessoas...

Fato é que se fala muito sobre Jesus. Neste exato momento, sequer podemos imaginar quantas igrejas estão mundo afora ouvindo falar de Jesus. Se você pesquisar o nome “Jesus” na internet, vão aparecer milhões de respostas sobre a sua pessoa. Enquanto os evangelistas mantiveram apenas o que é mais essencial sobre o ministério de Jesus, na internet, seres humanos arriscam diversos palpites e especulações sobre a sua verdadeira natureza. Vivemos em uma época em que a epifania (revelação) de Jesus pode não estar mais vindo das fontes originais e autenticadas pela Igreja Cristã nos primeiros séculos, mas onde a epifania (revelação) se dá na internet, nas emoções ou – pior ainda – no Jesus que eu fabrico para satisfazer a mim mesmo, justificando o pecado e não o pecador. Por isso, essa pergunta é importante: onde estamos buscando conhecimento acerca de Jesus?

Já se passaram quase dois mil anos desde o batismo de Jesus. Também na História da Igreja houve muita luta pela definição correta sobre a Pessoa e Obra de Jesus Cristo. Não vou aqui entrar em detalhes, mas é neste período que surgem os credos (como o Credo Apostólico) que definem com clareza quem é Jesus para que todo ensino diferente daquele presente nas Escrituras seja desconstruído e eliminado.

Por isso, a pergunta que queremos responder nesta manhã não é “quem é Jesus para você?”, mas “quem é Jesus?”, pois o que Jesus é para mim pode ser diferente do Jesus revelado nas Sagradas Escrituras. Portanto, vamos à pergunta principal: Quem é Jesus?

1    O JESUS HUMANO

Sim, Jesus foi um ser humano, feito carne tal qual você e eu. Ele tinha que comer, beber, ir ao banheiro; ele nasceu e morreu. O Jesus homem tinha as mesmas necessidades que qualquer um de nós. O apóstolo Paulo nos diz em Gálatas 4.4 que Jesus nasceu de mulher e debaixo da Lei. Jesus nasceu ser humano igual a você e a mim. Em tudo igual a nós.

Porém, há uma diferença da humanidade de Jesus para a nossa humanidade. Conforme o Salmo 51.5, nós fomos concebidos na iniquidade e já nascemos no pecado. Sim! Todos nós já nascemos com o maldito sinal do pecado que está nos seres humanos desde Adão e Eva. Tudo o que fazemos está debaixo do sinal do pecado, até as coisas boas. Por isso, não há possibilidade do ser humano se tornar justo diante de Deus através das suas próprias obras, pois todas elas estão manchadas pelo pecado, por mais boas e belas que sejam. Agostinho de Hipona – um Pai da Igreja e cujos escritos mais tarde influenciaram muito a Lutero – diz: “Eu não posso não pecar”. Até o culto que fazemos a Deus está manchado pelo pecado. Tudo!

Porém, se Jesus era um ser humano, então também ele nasceu debaixo do pecado? Se Jesus nasceu no pecado, como poderia ser o Salvador? Se ele mesmo estava manchado pela queda de Adão e Eva, como poderia redimir e justificar os pecadores? Jesus também nasceu no pecado? A resposta a todas estas perguntas nós encontramos em Romanos 5.17 onde o apóstolo Paulo nos diz: “Se a morte reinou pela ofensa de um e por meio de um só, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo”. Paulo está dizendo assim: em Adão nós ofendemos a Deus, mas, em Jesus, nós nos tornamos aceitos por Deus. Ele diz também em Romanos 5.19: “Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também por meio da obediência de um só, muitos se tornaram justos.” O que isso significa? Jesus é o novo Adão. Assim como o primeiro Adão nasceu sem pecado, Jesus, como segundo Adão, também nasceu sem a mancha do pecado.

Porém, como Adão, Jesus também poderia ter caído na tentação. O mais interessante é que logo após seu batismo (cujo texto ouvimos no início), Jesus é levado pelo Espírito Santo ao deserto para ser tentado pelo diabo (cf. Lucas 4.1-13). Reencontramos em Jesus a velha história de Gênesis 3: assim como Adão e Eva nasceram sem o pecado, Jesus também nasceu sem o pecado; da mesma forma como Adão e Eva foram tentados pela serpente, Jesus é levado ao deserto para ser tentado pelo diabo. Porém, a conclusão é diferente: enquanto Adão e Eva desobedeceram a Deus, Jesus permaneceu obediente. Logo, mesmo sendo Jesus um ser humano, ele nunca pecou. Mais tarde, em 451 d. C., o Credo da Calcedônia vai formular a seguinte definição sobre a humanidade de Jesus: “semelhante em tudo a nós, menos no pecado”1. Hebreus 4.15 também afirma isso, ao dizer: “ele foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”. Jesus foi igual a nós até nas tentações que sofreu. Porém, diferentemente de Adão e Eva, ele não caiu nas tentações.

2    O CRISTO DEUS

A grande pergunta que esteve na igreja cristã por séculos sobre Jesus é quanto à sua divindade. Oras, se Jesus fosse apenas um homem como qualquer outro, então por que a sua morte na cruz traz salvação? Então, qualquer um poderia morrer para salvar a humanidade, não é? Já sabemos que Jesus era totalmente humano tal qual cada um de nós. Porém, o que é diferente na natureza de Jesus em relação à nossa natureza humana, além de ele não estar manchado pelo pecado?

Aqui, nos deparamos com um grandioso mistério: Jesus Cristo era totalmente humano e totalmente divino ao mesmo tempo. Simultaneamente, era (e é) verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. Porém, não se trata de uma natureza dividida em 50% cada. Ele era 100% Deus e 100% homem ao mesmo tempo. Completamente Deus e completamente humano. Nasceu de mulher, mas foi concebido pelo Espírito Santo. O homem Jesus Cristo é a Segunda Pessoa da Trindade, o Deus-Filho.

Esse acontecimento era chocante na época. Na filosofia grega (especialmente platônica), a carne humana era considerada má. Os gregos acreditavam que os seres humanos deveriam desprezar as coisas materiais e confiar apenas na realidade espiritual. Diziam, inclusive, que a mulher era má, pois ela seria a responsável por “prender a alma” dentro da carne. Para os gregos, a matéria e a carne são a coisa mais desprezível que existe. Então, João chocou aos gregos ao lhes escrever por volta de 100 d. C.: “E o Verbo de fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (João 1.14). Enquanto os gregos desprezavam a carne e a matéria, João testemunha que Deus se fez carne, se fez matéria. Por isso, Deus não é contra a carne e a matéria, mas se fez tão humano como qualquer um de nós, porém, sem deixar de ser ele mesmo: ele se tornou humano sem deixar de ser Deus.

Entretanto, a cena mais assustadora ainda estava por vir. Nunca sequer alguém poderia imaginar a morte de Deus. Isso era um escândalo para judeus, para gregos, para romanos ou para qualquer outra cultura religiosa da época. As Sagradas Escrituras nos revelam (epifania) o Deus que morreu! Não foi apenas o homem Jesus que morreu na cruz, pois a morte de um mero homem não poderia trazer salvação. Quem morreu na cruz? Deus morreu na cruz! Na cruz, morreu o Deus-homem Jesus Cristo. Por isso somos libertos da mancha do pecado e da condenação eterna.

O crucificado é a revelação do Deus que não foge da dor, da desgraça, da miséria, da pandemia; o crucificado é a revelação do Deus que sofre tudo aquilo que o ser humano pode sofrer! Na minha dor, angústia e desespero, ele sofre comigo! Na minha miséria, ele me serve misericórdia. No meu pecado, ele me serve seu amor incondicional. Nós queremos o poder, mas Deus se faz fraco!

Quem morreu na cruz? Deus morreu na cruz! O Deus-Filho morreu na cruz. Quem morreu na cruz? A Segunda Pessoa da Trindade, o Filho, que não é menos que o Pai ou maior que o Espírito Santo, mas igual ao Pai e ao Espírito Santo. Na cruz morreu Jesus Cristo que é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem ao mesmo tempo!

Se apenas um homem tivesse morrido na cruz, não haveria salvação, pois os homens morrem todos os dias e não salvam ninguém da perdição eterna; porém, Deus pode morrer? Sim! Deus morreu na cruz para nos salvar. Como testemunha Paulo em 2 Coríntios 5.21, ele se tornou o pecado por nós para que fôssemos feitos jutos. O justo se torna injusto para que os injustos sejam tornados justos. Em outras palavras: o inocente se fez culpado para que os culpados fossem transformados em inocentes. Esse é o significado da cruz. Nela, morreu Jesus Cristo, o Deus-homem.

É por isso que Paulo nos diz em 1 Coríntios 1.18: “Certamente a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós que somos salvos, ela é poder de Deus.” É loucura! A lógica humana não dá conta! Como Deus pôde morrer de forma tão terrível em uma cruz? Pois foi o que aconteceu. Ali na fraqueza da cruz está o poder de Deus que venceu o pecado, a morte e o inferno. Deus se faz um de nós para vencer a velha criatura. Deus se faz um de nós e sente a dor da nossa morte para estar conosco na nossa morte.

Amados irmãos, amadas irmãs,

este é Jesus. Não aquele que imaginamos, mas aquele que o próprio Deus revelou a nós nas Sagradas Escrituras. João Batista batizou o Deus-homem no Rio Jordão. E é da confissão correta sobre Jesus que depende a nossa salvação. Por isso, o ensino correto é importante. Quando a Igreja Cristã tem um ensino reduzido e mentiroso sobre Jesus, as pessoas são afastadas da graça ao invés de serem impactadas por ela. Precisamos cuidar dos “jesuses” que são ensinados em nossos tempos. A vida cristã não é brincadeira. Mesmo que vivamos pela graça, é preciso viver de maneira obediente diante de Deus.

Jesus nos diz em Mateus 10.32-33: “Portanto, todo aquele que me confessar diante dos outros, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus; mas aquele que me negar diante das pessoas, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus.” Paulo nos diz em Romanos 10.9: “Se com a boca você confessar Jesus como Senhor, e em seu coração crer que Deus o ressuscitou dentre os mortos, você será salvo.” Não tenhamos vergonha de confessar Jesus, mas o amemos de todo o nosso coração.

Porém, não confessemos Jesus apenas da boca para fora. É muito fácil aprendermos tudo sobre Jesus, acreditarmos que ele é o Deus-homem e que o que foi falado hoje sobre ele é verdade. Tiago 2.19 nos diz: “Você crê que Deus é um só? Faz muito bem! Até os demônios creem e tremem.” Acreditar que Deus existe, isso até o diabo e os seus anjos sabem fazer. A diferença é viver com Jesus, afastando-se do pecado. Isso precisa ser pregado. A diferença não é somente conhecer Jesus, mas viver com Jesus.

Hoje, vivemos em uma sociedade onde não se pode mais falar do pecado. É “politicamente incorreto” falar do pecado. Porém, ele existe. Estamos naturalmente inclinados à rebeldia contra Deus. Se não nos arrependermos e deixarmos o Senhor mudar a nossa vida, então estamos tão perdidos como os demônios que até creem, mas tremem.

Conhecer a Jesus significa odiar o pecado! Charles Spurgeon, um grande pregador inglês do século XIX, diz: “Se Cristo morreu por mim, eu não posso brincar com o mal que matou meu melhor amigo”. Você quer viver com Jesus? Quer abandonar seus “pecados de estimação”? Se cremos de todo o nosso coração que Jesus é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, que ele é o segundo Adão, que ele é o Salvador, então convido a quem puder a se colocar de pé e a confessarmos a nossa fé. Hoje, não com as palavras do conhecido Credo Apostólico, mas com as palavras do Credo da Calcedônia que diz:

Conforme, pois os santos Pais, com unanimidade ensinamos que se confesse que um só e o mesmo Filho, o Senhor nosso Jesus Cristo, perfeito na sua divindade e perfeito na sua humanidade, verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem com alma e corpo, da mesma substância que o Pai segundo a divindade e da mesma substância que nós segundo a humanidade, em tudo igual a nós, exceto no pecado, gerado do Pai antes dos séculos segundo a divindade e, nestes últimos dias, em prol de nós e de nossa salvação, gerado de Maria, a virgem, a mãe de Deus, segundo a humanidade.

Um só e o mesmo Cristo, Filho, Senhor, unigênito, reconhecido em duas naturezas, sem confusão, sem mudança, sem divisão, sem separação, não sendo de modo algum anulada a diferença das naturezas por causa da união, mas, pelo contrário, salvaguarda a propriedade de cada uma das naturezas e concorrendo numa só pessoa concreta; não dividido ou separado em duas pessoas, mas um único e o mesmo Filho, unigênito, Deus Verbo, o Senhor Jesus Cristo, como anteriormente nos ensinaram a respeito dele os Profetas, e também o mesmo Jesus Cristo, e como nos transmitiu o Credo Apostólico.2

Amém.


1º DOMINGO APÓS EPIFANIA | BRANCO | CICLO DO NATAL | ANO C

09 de Janeiro de 2022


P. William Felipe Zacarias


1 DENZINGER, Heinrich. Compêndio dos símbolos, definições e declarações de fé e moral. 3 ed. São Paulo: Paulinas; Edições Loyola, 2015. p. 113. No original grego: “κατὰ πάντα ὅμοιον ἡμῖν χωρὶς ἁμαρτίας”.

2 DENZINGER, 2015. p. 113.


Autor(a): P. William Felipe Zacarias
Âmbito: IECLB / Sinodo: Rio dos Sinos / Paróquia: Sapiranga - Ferrabraz
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Ciclo do Natal
Testamento: Novo / Livro: Lucas / Capitulo: 3 / Versículo Inicial: 15 / Versículo Final: 22
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Prédica
ID: 65870
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