Não sabemos o verdadeiro motivo desta acalorada discussão na sinagoga. Talvez as pessoas tenham entrado em pânico porque muitíssimos sacerdotes estavam aderindo a este novo movimento. E aqui nós também temos que ser bem generosos. A mudança que aconteceu em Jerusalém naquela ocasião foi enorme. Será que nós hoje sobreviveríamos a uma revolução dessas sem danos? Muitas vezes, pequenas mudanças e renovações já geram discussões acaloradas em nossos grupos. Que interiormente não desejemos atirar pedras em direção àquelas pessoas que aos nossos olhos parecem estar erradas (Jo 8.7b-9). Lemos emocionados o quanto Deus “investe” para abrir os olhos de seus filhos. Depois de – infelizmente – terem obtido o depoimento das falsas testemunhas, Deus iluminou o rosto de Estêvão com resplendor celestial. Isto deve tê-los lembrado das palavras de bênção: “...o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti...” (Nm 6.24-27). Deus colocou este brilho sobre Moisés, para que os israelitas soubessem: Ele falou com Deus, céus e terra se moveram. O contato com aquele “que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu” (1 Tm 6.16), deu a ele um brilho sobrenatural, e ele não o sabia. Os homens que cercavam Estevão tinham esta história diante de seus olhos: Êxodo 34.29-35. Com quanto amor Deus tentou ajudar àqueles homens revoltados: Desde Moisés eu não manifestei a minha glória de forma tão visível no rosto de alguém. Compreendam isto! Meus braços estão abertos. Ouçam minhas testemunhas! – Mas apenas seus olhos biológicos viram a luz divina. Os olhos de seus corações estavam encobertos com um grosso manto (2 Co 3.12-16). Como está o nosso coração? (Leia 2 Co 3.17 e 18; Dt 5.29.)