Nos arroios e riachos podemos observar claramente que especialmente depois dos temporais galhos, troncos e entulho que se encontram na água ou à margem se amontoam, criando uma represa onde a água passa com dificuldade. Uma vez que o obstáculo é removido, a água flui novamente, seguindo o seu curso. Algo semelhante aconteceu na comunidade de Jerusalém. Uma vez removido o motivo da insatisfação, Lucas testemunha: “Crescia a palavra de Deus e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos.” Somente este efeito já deveria ser suficiente para motivar-nos a remover todo sentimentalismo, egoísmo, presunção, orgulho, amargura – e todos os entulhos que houverem. Somente então a palavra de Deus fluirá como um rio, por cuja água da vida tantas pessoas têm sede (Ez 47.1 e 9; Ap 21.6; 22.17).
Na natureza, a remoção de obstáculos precisa ser feita constantemente. E na vida cristã não é diferente. Nenhum de nós, ao estar diante do trono de Deus, quer ouvir dele a seguinte sentença: Você impediu a água da vida de fluir e a palavra de Deus de alcançar os perdidos. Você impediu que eles fossem eternamente salvos e que a vida deles fosse transformada. Que possamos provar o nosso coração à luz do Senhor (Fp 1.9-11; Os 6.1-3; Is 40.3-5). Quando o Espírito de Deus pode agir livremente, isto não permanecerá em segredo. Estevão era um desses, de cuja vida fluíam rios de água viva (Jo 7.38). Ele freqüentava uma sinagoga onde havia grande número de imigrantes: judeus de Cirene, da Alexandria e da Cilícia, além destes, havia também descendentes de escravos (libertos). O diácono que “servia às mesas” era cheio do Espírito Santo. Ele testemunhava abertamente de sua fé em Cristo. Estevão foi diácono e missionário. “E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai” (Cl 3.17).