Os apóstolos não subestimaram o problema, mas também não lhe deram importância maior do que o necessário. Eles ouviram a queixa de quem havia sido prejudicado (Pv 20.12). Numa comunidade que se reúne em torno de Cristo, não pode haver duas medidas. Sempre existem aqueles que gritam quais são as suas necessidades e com isso rapidamente são atendidos. Mas existem também aqueles que se sentem rejeitados por causa de sua origem humilde. Os apóstolos viam claramente que a partir destas categorias poderiam surgir partidos inimigos entre si. Mas, em Cristo é possível superar tudo o que nos separa. (Leia Gl 3.26-28; Cl 3.8-14; Rm 10.12 e 13; 1 Co 1.10; 12.22-27.) Com sabedoria os apóstolos motivaram os insatisfeitos a procurar sete homens com as seguintes características: “...de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço.” Toda a raiva parecia ter se dissipado. A proposta agradou a todos. Antes que as frontes se endurecessem, o problema estava resolvido. Sete homens foram escolhidos. Os apóstolos não criticaram os escolhidos, não tiveram considerações ou restrições a fazer, mas confiaram na ação do Espírito Santo. Ele era o único critério de escolha. Pela imposição de mãos e oração eles deixaram claro para toda a comunidade o quanto aquele trabalho era importante. Para a justa distribuição dos donativos e para as tarefas práticas fazia-se necessário o mesmo poder, fé em Deus e sabedoria que para a pregação da palavra de Deus. Talvez um deles seja o mais importante em determinado momento, mas ambos devem andar juntos. Para Deus não importa o que vem antes ou depois, mas a disposição do coração: Salmo 44.21; 84.5; Provérbios 21.2; Mateus 12.35; Marcos 12.30; Romanos 8.27.