Os líderes do Sinédrio e seus membros atingiram seus maus desígnios: como um criminoso cruel Jesus foi condenado e entregue aos executores romanos. Porém, temos que guardar-nos de julgar os judeus de forma generalizada. Ambos, judeus e gentios tiveram participação na morte do Senhor. Assim, ele também salva judeus e gentios de seus pecados, por meio de sua morte expiatória na cruz. Além disso, percebemos que no caminho para a execução Jesus era seguido por “numerosa multidão de povo, e também mulheres”. Portanto, havia entre o povo muitas pessoas que amavam Jesus.
Onde, porém, estavam os discípulos do Senhor? Eles, bem como outros amigos e conhecidos de Jesus “permaneceram a contemplar de longe estas coisas (v.49; leia Mt 27.55; Mc 15.40). Nenhum deles ajudou Jesus a carregar a pesada cruz. Esta tarefa foi dada a um cirineu chamado Simão (Cirene é hoje parte da Líbia). Ele foi o primeiro a sentir em sua pele o peso da cruz de Jesus. Talvez o coração de Simão tenha sido tocado tão profundamente que mais tarde ele tenha se tornado um seguidor do Senhor. (Leia Mc 15.21 e Rm 16.13.)
E Jesus? O desprezado, torturado por dores lancinantes, tinha olhos abertos para os tristes à beira do caminho. Ele não passou sem dizer nada a estes aflitos, mas “ata as suas feridas” ao confrontá-los com a verdade divina: O pior não é Jesus morrer. O pior é quando pessoas morrem em seus pecados por terem rejeitado a Jesus. Aquele que rejeita a salvação divina, só lhe resta mesmo o juízo de Deus. Para perder-nos só é preciso permanecer como estamos. (Leia Jo 3.14-21.)