Estamos num momento histórico que requer de nós muita atenção, análise e estudo. Usemos esse tempo histórico para nos aperfeiçoarmos para que com sabedoria e humildade saibamos fazer as escolhas certas para o bem de todos no convívio familiar, comunitário e da sociedade brasileira.
Martim Lutero, no texto abaixo, aponta para uma avaliação da sua atuação na igreja e na sociedade, alertando-nos para não sermos ingênuos e alienados:
“... o pregador deve conhecer o mundo muito bem e reconhecer que ele é desesperadamente mau, propriedade do diabo, na melhor das hipóteses. Eu é que fui estupidamente ingênuo, não sabendo quando comecei, como eram as coisas, pensando que o mundo seria muito piedoso e, tão logo ouvisse o evangelho, viria correndo para aceitá-lo com alegria. Mas agora descubro, com grande dor, que fui vergonhosamente enganado” (‘Reflexões em torno de Lutero’ vol. I. Edição especial da Revista “Estudos Teológicos”. 1981, editado pela Faculdade de Teologia da IECLB em São Leopoldo, p. 76-77).
A história não perdoa, ou nós nos damos as mãos, mesmo com tantas diversidades, para fazer história onde existirá a igualdade para que sejamos protagonistas na história; ou vamos ser apenas mais alguns meros espectadores da história.
Somos tachados em três classes: negros e brancos – o negro escravo do branco; pobres e ricos – o pobre escravo do rico; e feios e bonitos – o feio se torna escravo do consumo para ficar bonito.
Assim, somos conduzidos a viver em mundinhos, grupinhos, pois assim é fácil sermos controlados pelo sistema capitalista onde com sutileza se tem a aparência de que está tudo bem, mesmo que o ter passa a ser mais importante do que o ser.
Esse sistema nos levou a ter, entre tantas outras, três crises:
a) a ambiental, que envolve a crise hídrica (a falta de água para muitos);
b) a ideológica, que envolve a crise familiar;
c) a financeira, que envolve o todo, onde poucos têm muito e muitos tem pouco ou quase nada.
Por isso é importante que olhemos a sociedade como um todo na luta por um mundo chamado de Reino de Deus.