Caro irmão! Cara irmã!
O mês de março está chegando ao seu término. Foi um mês diferente de todos os que já vivemos até hoje. Grande parte deste mês foi vivido sob a determinação de permanecermos em afastamento social, no intuito de amenizar a disseminação do COVID-19 (o novo coronavírus). Nossa rotina tem sido bastante modificada. Temos sido confrontados, de forma especial, com a nossa fragilidade humana.
O lema bíblico para o mês de março é:
“Jesus Cristo diz: Fiquem vigiando!” (Marcos 13.37).
Nada mais propício para o momento que estamos vivendo. Um inimigo invisível se espalha entre nós, provocando sofrimento, morte e dor. Também estamos expostos a muitas informações desencontradas, que causam confusão. Vemos pessoas assustadas e em pânico. Ao mesmo tempo, vemos pessoas que estão preocupadas apenas com as suas ambições e com os bens deste mundo.
Em meio a essa realidade, Jesus nos convida a sermos vigilantes. O que significa isso?
Ser vigilante significa:
- “Temer e amar a Deus, acima de todas as coisas”;
- “Buscar em primeiro lugar o Seu Reino e a Sua justiça” (Mt 6.33);
- Reafirmar que a verdade está em sua Palavra e não nas redes sociais;
- Reafirmar que “a fé, se não tiver obras, por si só está morta” (Tg 2.17);
- Testemunhar que “Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores (1 Tm 6.10);
- Realizar os cuidados necessários, na certeza de que Deus fará a parte dEle.
Iluminada pelo Espírito Santo, a IECLB decidiu suspender todas as atividades presenciais. Decidiu que deveríamos cuidar de nós e das outras pessoas. E, assim temos feito. Temos evitado contato físico, mas continuamos em comunhão através dos meios que a tecnologia nos proporciona. As mensagens diárias e os cultos, disponibilizados semanalmente, nos concedem o alimento para mantermos viva e firme a nossa fé. Enquanto for necessário, permaneçamos afastados fisicamente. Continuemos aproveitando o tempo para conviver em família: brincar com filhos/as pequenos/as; dialogar com os/as adolescentes e jovens; ouvir as histórias dos nossos pais e avós. Vamos aproveitar este tempo para estar mais próximo do marido ou da esposa, para ler a Bíblia e buscar a Deus em oração.
A Sagrada Escritura nos ensina: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu [...]. Tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; (Eclesiastes 3.1,5) Portanto, o tempo agora é tempo de isolamento social, no qual se evita contato físico. Mas, o tempo de distanciamento também vai passar.
Então chegará o tempo de nos encontrarmos e celebrarmos com gratidão a Deus. Nos encontraremos novamente nos templos de nossas comunidades.
Não seremos mais a mesma pessoa. Essa situação nos tem ensinado muitas coisas. A principal delas é que a vida vem de Deus e pertence a Ele. Que o sentido de nossa vida não está na quantidade de bens materiais que possuímos, mas no que somos e fazemos. Esse tempo de afastamento que estamos vivendo nos ensina que precisamos dedicar mais tempo a Deus e às pessoas, sobretudo à nossa família e aos irmãos na fé.
Reafirmamos o convite do Salmista e nos abrigamos na promessa do Senhor: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará (Salmos 37.5).
P. Ismar Schiefelbein
Pastor sinodal – Sínodo Espírito Santo a Belém