31/10/2014 – Dia da Reforma
Pregação: Rm 1.16-17; 3.21-28 Demais leituras: Is 62.1-12; Gl 5.1-11
Miss. Oziel Gustavo Marian – Chapadão do Céu - GO
LITURGIA DE ABERTURA
ACOLHIDA
Elaborar algo pessoal
SAUDAÇÃO
Que a Graça de Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo esteja conosco. Amem!
HINO: Livre escolha entre os hinos conhecidos da comunidade.
CONFISSÃO DE PECADOS
Elaborar algo pessoal com base na realidade local.
ANÚNCIO DO PERDÃO
Salmo 28.6-9
ORAÇÃO DO DIA
Pessoal
LITURGIA DA PALAVRA
LEITURAS BÍBLICAS:
1ª Leitura Bíblica: Is 62.1-12
2ª Leitura Bíblica: Gl 5.1-11
HINO: Livre escolha entre os hinos conhecidos da comunidade.
PREGAÇÃO: Rm 1.16-17 e 3.21-28
Embora tenhamos dois textos indicados para a mensagem, vou me concentrar no texto de Rm 1, com breves aportes de Rm. 3. Vou tentar simplificar o máximo possível, pois o que temos aqui é simplesmente um dos principais temas do cristianismo e de todo o movimento da reforma do século 16, da qual procede a nossa denominação. Para terem uma ideia, foi a partir da leitura, reflexão e estudo de Rm 1.17 que Lutero redescobriu o evangelho e foi impulsionado a fazer tudo o que fez.
Paulo escreve aos cristãos de Roma e inicia falando do seu desejo de visitá-los, o que só aconteceu algum tempo depois, quando ele foi levado preso para ser julgado em Roma, onde possivelmente também foi executado. Na época, o cristianismo ainda era um movimento pequeno, conhecido e tratado como seita. Alguns temiam este movimento, outros menosprezavam, outros ridicularizavam, mas muitos estavam sendo profundamente tocados por sua mensagem libertadora, o Evangelho a Boa Notícia de Jesus Cristo.
Uma mensagem da qual Paulo se orgulhava, não por ser uma mensagem dele, mas por ser o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (V.16). O evangelho não é uma simples mensagem motivacional, daquelas que a gente ouve, se sente bem por um momento, mas não é capaz de ter o impulso necessário para realmente transformar a vida. Uma mensagem motivacional consegue arrancar lágrimas, sorrisos e até acender a esperança, mas somente o Evangelho consegue penetrar nas entranhas e arrancar as mágoas, o ódio, a inveja, o orgulho, a arrogância, a teimosia e tudo o resto que o pecado vai deixando por lá.
Queridos, o Evangelho não é somente palavras, discursos ou ensinamentos. Quando entramos em contato com o evangelho (puro e simples), alguma coisa acontece. Por quê? Porque com ele está o maior tesouro, a maior força, o maior poder existente no universo; O Espírito Santo (Deus em pessoa). O Evangelho é o canal pela qual Jesus vem ao encontro das pessoas. Eu me recordo quando o Evangelho começou a fazer sentido para mim. A pregação me dilacerava, era quase insuportável. É por isso que no culto cristão, a pregação, ou seja, o anuncio do evangelho, o anuncio da Palavra de Deus é o elemento central. Não significa que os outros momentos não sejam importantes, mas um culto sem pregação, não é culto cristão.
O Evangelho, a mensagem cristã, não faz parte apenas do culto, é o carro chefe na missão cristã (Mc 16.14-18). Os sinais acompanham os que crerem. Mas a fé deve estar ancorada na Palavra porque ela é o poder de Deus para a salvação. Quando alguém deixa o Evangelho de lado, para se dedicar aos milagres, bênçãos e sinais, está deixando de lado justamente o poder que confere todos os sinais. Por isso precisa cada vez gritar mais, fazer manobras maiores e até se corromper criando falsos milagres, na tentativa desesperada de chamar a atenção e manter o povo ludibriado.
O maior sinal do agir de Deus é a salvação, recebida pela fé que brota do ouvir a Palavra. Assim como Paulo, eu também não me envergonho do evangelho, mas me envergonho profundamente do que estão fazendo com ele. Há lugares em que tenho vergonha de dizer que sou missionário ou pastor, porque ser pastor é quase sinônimo de ser um lobo. Sim, há muitos, que ao invés de usar o Evangelho para salvar, libertar e promover a vida, o utilizam para ter fama, ficar rico e formar um pequeno clube, onde pode exercer o poder e controlar as pessoas.
Além disso, há pastores (líderes) que ao invés de pastorear e cuidar das ovelhas, estão as devorando (explorando). Mas olhem o que Jesus diz a estes em Mt 23.14. Há outros “Ais” que Jesus está dizendo, mas em suma, ai daquele que envergonhar o Evangelho, usando o poder de Deus em benefício próprio. Evangelho não é algo que eu possa usar como negócio; Evangelho não é algo com o que se possa brincar; Evangelho não uma lista do que pode ou não pode fazer; Evangelho é a revelação da justiça de Deus, vivida pela fé (V.17)
Que Justiça é esta? Não confundir com a nossa justiça, pois a nossa justiça está mais para vingança. A Justiça de Deus tem haver com o nivelamento e a imparcialidade com a qual ele olha para o ser humano (Rm 3.21-23) “Todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” esta é a condição humana desde Adão e Eva. Na caminhada de fé, ter consciência disso, é um dos passos mais importantes. Nós somente iremos entender a dimensão e a importância da vida e morte de Jesus, se “cair a ficha” de que “eu sou pecador”.
O Evangelho começa colocando a cada um de nós no devido lugar. Um lugar onde gostamos de jogar os outros, mas não aceitamos que nós também estamos lá. O fundo do poço! Temos dificuldade disso, porque temos a tendência de nos achar melhor do que os outros. Isto acontece, porque olhamos para a lei de Deus como olhamos para o código civil. Com base no código civil ou código penal, eu posso sim ser melhor, pois os crimes possuem uma classificação gradual. Diante destes códigos, eu consigo até ser inocente. Mas a lei de Deus está em outro nível e não possui classificação, pois na verdade só há um crime (Mt 22.34-40) O crime contra Deus é não amar a ele e ao próximo.
Percebem a diferença? Na lei civil, posso até ser inocente, mas na lei de Deus, a não ser que eu seja Jesus Cristo, a minha sentença é a morte eterna (inferno). Por quê? Porque não sei, não quero e não consigo amar como Deus. Na justiça de Deus todos estamos no mesmíssimo lugar, no corredor da morte. Pois conforme a lei de Deus, o pecado precisa ser punido.
A questão é que Deus já executou a sentença. No entanto, há um detalhe... quem sofreu a punição foi Ele mesmo. Esta é a justiça de Deus, ele puniu o pecado, conforme a sua proporia lei exige, mais amou e libertou o pecador entre os quais eu e você. Agora estamos livres, e mesmo que venhamos a morrer, a morte não será eterna. O evangelho fala de ressurreição! “O justo viverá pela fé”. Ou seja, aquele que sabe que é pecador, mas crê que Deus o perdoou e libertou, viverá para sempre. Esta é a primeira transformação que o evangelho faz, a partir disso, ele vai transformando a nossa vida, dia após dia...
HINO: Livre escolha entre os hinos conhecido da comunidade.
CONFISSÃO DE FÉ.
Credo Apostólico
HINO: Livre escolha entre os hinos conhecido da comunidade.
ORAÇÃO DE INTERCESSÃO
Levantar motivos conforme realidade local.
PAI NOSSO
LITURGIA DE DESPEDIDA
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