Certo fazendeiro muito rico, no dia do seu aniversário, convocou seus empregados para presenteá-los. Colocou sobre a mesa diversas Bíblias e também pequenos maços de dinheiro, cada qual valendo uma Bíblia. Um a um perguntou: O que você prefere: A Bíblia ou o seu valor em dinheiro? O primeiro que se achegou foi o jardineiro. Ele disse: Eu gostaria de receber a Bíblia. Mas, como não aprendi a ler, o dinheiro será mais útil! Minha mulher está adoentada, disse o motorista. Por esta razão tenho necessidade do dinheiro. Noutra circunstância escolheria, sem dúvida, a Bíblia. Eu sei ler e estou bem de saúde, disse a cozinheira. Porém, nunca encontro tempo para abrir uma revista. Portanto, aceito o dinheiro. Finalmente, chegou a vez do menino que cuidava da estrebaria. Ele tinha sido acolhido já na infância pelo fazendeiro. Mensalmente enviava quase todo seu salário aos pais que moravam distantes. O patrão adiantou-se em dizer-lhe: Certamente você irá preferir dinheiro para enviar aos seus pais... Não é isso, meu rapaz? O menino, porém, não hesitou em dizer: Meus pais tem a vida difícil. Mas, eu vou preferir a Bíblia. Sempre quis ter uma. Minha mãe me ensinou que a Palavra de Deus vale mais do que o ouro. Ao receber a sua Bíblia, guardou-a com carinho na sua bolsa. Naquela noite, em seu quarto, o rapaz passou a folhear com entusiasmo aquelas folhas suaves como a seda. De repente, uma surpresa... Encontrou, exatamente no Salmo 19, um cheque. Seus olhos se encheram de brilho. Elevando seus olhos aos céus agradeceu ao Senhor. Os demais empregados ficaram curiosos para saber de quanto era o cheque. Todavia, envergonhados, não se atreveram a perguntar. Apenas, lastimavam não terem pego a Bíblia.