Querida e querido internauta,
Nas últimas duas semanas estivemos meditando sobre a importância do nosso testemunho cristão. Encontrei estes dias um dos milhares de Folhetos Evangelísticos que nossa Igreja publica para serem distribuídos gratuitamente. Aqui vai um lindo exemplo de como pode, a partir de um simples diálogo, surgir uma grande oportunidade para dar um belo exemplo sobre nossa espiritualidade luterana. Leia e curta
Vivendo a Fé no Dia a Dia
Gérson queria ir a um jogo de futebol. Junto com seu amigo Carlos, viajou de motocicleta à cidade vizinha. No caminho, foram envolvidos num acidente grave. Os dois foram internados no hospital. Um dia o capelão, pastor da Igreja Luterana, visitou os dois. Gérson ficou contente com esta visita. Pediu que o pastor retornasse outro dia.
Carlos era católico - aliás não estava muito ligado à sua Igreja. Por isso, ficou curioso por seu amigo ter solicitado a presença do pastor.
- Você acredita que Deus existe? perguntou.
- Acredito, sim, respondeu Gérson. E continuou: a fé em Deus sempre tem sido uma grande ajuda em minha vida. Às vezes, também tinha e tenho as minhas dúvidas. Mas é um grande conforto saber que Deus está próximo de mim. Isto me dá autoconfiança. Eu fico tranqüilo. E sempre tenho esperança que Deus dá um jeito em minha vida - de uma ou de outra forma. Por isso, falo com Deus em oração todos os dias.
- Puxa!, admirou-se Carlos, não esperava que você visse as coisas assim. Sabe, de minha parte não tenho esta autoconfiança. Dentro de mim há um vazio. Sinto isto agora de forma especial aqui, preso na cama. Lembro-me que minha avó sempre rezava a Ave-Maria. Também tinha um santo no seu quarto. Isso não é comigo... Os luteranos também acreditam em Santos?
Gérson percebeu que seu amigo mostrou interesse pelas questões da fé. Por isso, aproveitou a oportunidade para dar testemunho de sua convicção. Ele disse: Não temos Santos assim como a Igreja Católica Romana o ensina. Sabe, em Jesus Cristo, Deus veio tão perto de nós, que não temos necessidade de intermediários, digamos pistolões para pedir algo de Deus. Na Bíblia diz que só há um mediador entre Deus e os homens*. Este é o próprio Filho de Deus. Por isso, não precisamos de Santos. Em nome de Jesus podemos nos dirigir diretamente a Deus. Além disso, há uma promessa do próprio Jesus. Ele disse que todos os que crêem em sua palavra recebem o Espírito Santo*. Assim, somos todos santos.
- Espera um pouco, interrompeu Carlos. Você quer dizer que você é santo?
- Sim, respondeu Gérson. Talvez não do jeito como você pensa. Não sou santo porque sou perfeito ou porque nunca faço algo errado. Ao contrário, cometo erros, tenho as minhas fraquezas. Muitas vezes descubro que sou egoísta. Mesmo assim, sou santo, porque vivo do perdão de Deus. Peço todos os dias que Jesus me perdoe e que me dê forças para vencer o meu egoísmo, para sempre honrar a verdade e para ser justo com os meus colegas e ajudar onde for preciso.
- Entendo, disse Carlos. É por isso que você se interessa pela justiça social e defende os fracos em nossa sociedade. Agora compreendo também porque você sempre vai às reuniões e aos cultos de sua Igreja. Mas diga, como você sabe que sua maneira de crer em Deus e de viver a fé está certa? Existem tantas ofertas de religiões e muitas igrejas.
- Bem, respondeu o amigo, não vou dizer que a minha Igreja seja a única que prega a verdade. Mas, posso afirmar que a doutrina da minha Igreja convence. Recebi de casa e no ensino cristão na minha comunidade uma orientação sólida quanto às questões de fé. Por exemplo, aprendi que a Bíblia é a única fonte que dá informações sobre Deus e que a gente tem que ler e entendê-la sempre pensando no que Jesus, o Filho de Deus, fez e disse. Ele afirmou: Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim*. Quanto à vida no dia-a-dia, há uma orientação básica: a fé em Jesus Cristo e o amor a Deus não são apenas idéias e sentimentos no coração de cada um. O amor a Deus só fica visível no amor que dedicamos aos nossos semelhantes.
- Além da Bíblia, vocês não têm nenhum livro que dá orientação mais detalhada?
- Sim, respondeu Gérson. No hinário, que usamos em nossos cultos, temos o Catecismo que foi escrito por Martim Lutero, que reformou a Igreja uns 500 anos atrás. Além disso, ainda temos um livro intitulado A Confissão de Augsburgo. São pequenos livros que mostram a essência da confissão luterana, baseada na Bíblia. Naturalmente existem muitos outros livros que podem ajudar na compreensão e prática da nossa fé.
A conversa entre os amigos terminou aqui, pois a enfermeira se anunciou para fazer os curativos. A estada no hospital aproximou os amigos. O acidente com a motocicleta foi uma experiência dolorosa. Mas, por outro lado, tornou-se uma bênção para os dois, porque cresceram espiritualmente.
* 1ª Timóteo 2.5, João 14.16, Jo 14.6
(IECLB - Literatura Evangelística - 68/2002)
www.centrodeliteratura-ieclb.com.br
Um grande abraço
Klaus Dieter Wirth, pastor