Prédicas e Meditações



ID: 2931

Venha o teu reino

01/09/2016

Venha o teu reino.

No Catecismo Menor diz: “O reino de Deus vem por si mesmo, sem a nossa oração. Mas pedimos nesta oração que ele venha também a nós”. Mas o que significa, afinal, venha a nós o reino de Deus? No Catecismo Maior de Martim Lutero diz: “Deus enviou seu Filho Cristo, nosso Senhor, ao mundo para nos resgatar e libertar do poder do diabo, arrebanhar-nos junto a si e conduzir-nos, como rei da justiça, da vida e da felicidade, contra o pecado, a morte e a má consciência; para tanto ele também concedeu seu Espírito Santo, para que ele nos proporcione isso por meio da sua santa palavra e da sua força, iluminando e fortalecendo na fé. Nesta prece, pedimos, em primeiro lugar, que isso entre em vigor entre nós, seu nome seja exaltado por meio da sagrada palavra de Deus e pela vivência cristã, em dois aspectos: que nós, que o aceitamos, assim continuaremos e cresçamos dia após dia; e que isso encontre aceitação e seguidores entre outras pessoas, alastrando-se poderosamente mundo afora, para que muitos entrem no reino da graça, passem a participar da redenção, conduzidos para tal pelo Espírito Santo, para que todos conjuntamente permaneçamos em um único reino ora iniciado.”

Em Cristo Jesus o reino de Deus irrompeu em nosso meio. Deus vem a nós em Cristo Jesus com a sua palavra e com o seu Santo Espírito para que os sinais do seu reino também sejam visíveis e realidade em nosso meio.

Rogar, portanto, “venha o teu reino” é colocar-se diariamente a serviço do reino de Deus em fé, esperança e amor. É santificar o nome de Deus em nossos gestos e atitudes até que o reino venha em sua plenitude. Clamar por “venha o teu reino” é por em prática diariamente o que nos revela a história do pequeno Santo e do anjo: O pequeno Santo não se assusta quando o anjo aparece para levá-lo para a eternidade, mas alegra-se e diz: “- Anjo, olha para estes meus discípulos. Eles ainda carecem dos meus ensinamentos e cuidados. A eternidade, por acaso, não pode ser adiada um pouco?”

O anjo desaparece e o pequeno Santo continua o seu trabalho com muita alegria e dedicação. Um tempo depois, quando o pequeno Santo está no seu jardim, o anjo novamente aparece. Aí o pequeno Santo diz: “- Anjo, olha para este jardim: Está repleto de ervas daninhas e de plantas que precisam ser podadas e regadas. A eternidade não pode esperar mais um pouco?”

Sorridente o anjo desaparece. Na terceira vez os dois se encontram no hospital. O pequeno Santo está visitando de leito em leito os doentes e orando com eles. Desta vez o pequeno Santo só abre significativamente os braços e o anjo entende o que ele quer dizer.

Porém, chegou um determinado momento da vida em que o pequeno Santo, já idoso e cansado, pensou: “- Que bom seria se o anjo viesse agora e me levasse para a eternidade”.

E quando o anjo repentinamente aparece, o pequeno Santo lhe diz: “- Anjo, se for do agrado do Senhor podes me levar agora para o reino eterno!”

E o anjo respondeu: “- Onde tu pensas que estavas todo este tempo!”

Pr. Ernani Röpke
 


Autor(a): Pastor Ernani Röpke
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste / Paróquia: Cantareira (Tremembé - São Paulo-SP)
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 39355

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O ponto principal do Evangelho, o seu fundamento, é que, antes de tomares Cristo como exemplo, o acolhas e o reconheças como presente que foi dado a ti, pessoalmente, por Deus.
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