Muitas e muitas vezes ouvi pais dizerem aos seus filhos: Passa sabão na sua boca! A expressão é usada quando uma criança diz um palavrão. Agora, o que dizer quando uma pessoa madura costuma usar palavrões. Faltou corretivo na infância? Ou, falta noção daquele que supostamente é adulto? Em qualquer situação, não está certo. Algum tempo atrás, um colega pastor justificou dizendo: Afinal, quem não se exalta e solta um palavrão quando está de cabeça quente? Como sacerdote, ao invés de incentivar o certo, tentou justificar o erro. Mui sabiamente, Jesus disse que a “a boca fala do que o coração está cheio” (Lucas 6.45). Desde sempre, a Bíblia nos incentiva a colocar Jesus no coração. Ou seja, que ele ocupe o centro e a direção. Em decorrência, muda a ideia. Mudam também as atitudes. O zelo com a língua será consequente. Os resultados, idem. Doravante, vou pesar bem se a minha língua a está a serviço da construção ou destruição. Afinal, basta xingar alguém para criar um clima pesado. Ou, basta fazer uma fofoca para destruir a vida de alguém. Basta um meia-verdade (ou meia-mentira) para desviar um grupo do caminho certo. Mas, também, basta um bom conselho para orientar quem está perdido. Basta a verdade dita com amor para salvar uma pessoa. Por isso, coloco-me no espelho: Não é certo julgar o outro, muito menos colocar “panos quentes” nos seus erros. Melhor é que cuidemos de nossa própria língua, incentivando os semelhantes (em especial às novas gerações) a usar sua boca para o bem. Nesse sentido, o bom exemplo é necessário e fundamental.