O Espírito Santo é Deus, assim como Jesus e assim como o Pai. Com o mesmo poder e a mesma glória. Ele é quem nos dá dons e a fé. Martinho Lutero afirmou no Catecismo Menor: Creio que, por minha própria inteligência ou capacidade, não posso crer em Jesus Cristo, meu Senhor, nem chegar a Ele. Mas o Espírito Santo me chamou pelo Evangelho, iluminou com seus dons, santificou e conservou na verdadeira fé. Desta forma, não somos nós que produzimos a fé, ou conquistamos a nossa santificação. Elas são presentes de Deus pela ação do Espírito Santo em nós. Assim como o Natal (nascimento de Cristo) não se repete, o Evento de Pentecostes (Atos 2) não se repete: Ele é a vinda do Espírito Santo de maneira especial para criar a Igreja e habitar em todo aquele que Crê, de uma vez por todas. Por isso, o grande milagre em Pentecostes foi o fato de as pessoas de diversas etnias entenderem o louvor a Deus em sua própria língua. Assim, o Espírito Santo une novamente as pessoas separadas (lembremos da Torre de Babel em Gênesis 11) pela confusão de línguas, num novo povo: o novo povo de Deus, a Igreja. E por mais que nossa expectativa seja sempre por coisas extraordinárias, o Espírito Santo usa coisas bem simples e comuns para falar conosco: A Palavra de Deus escrita e anunciada, o Batismo e a Santa Ceia. São os meios que Ele usa para vir a nós, transformar nossa vida, aquecer o coração, nos conceder a fé e levar à salvação, entre tantas outras bênçãos. Assim diz o artigo 5 da Confissão de Augsburgo: Para conseguirmos esta fé, instituiu Deus o ofício da pregação, dando-nos o Evangelho e os Sacramentos, pelos quais, como por meios, dá o Espírito Santo, que opera a fé, onde e quando lhe apraz... Que Deus Espírito Santo continue conduzindo seu povo!
P. Tiago Sacht Jaske