Como ponto de partida, busco uma cena doméstica bastante comum. É noite. Cai a energia. Tudo fica escuro. Qual é a primeira atitude? Partimos em busca do fósforo. Prudente é a pessoa que sabe onde está a caixa, pois é o socorro imediato. Acendendo um fósforo partimos em busca da vela ou da lanterna. Na verdade, os procedimentos podem variar. Mas, sempre há uma sequência para se livrar das trevas até que a luz volte em sua plenitude. A escuridão causa medo. No escuro, muitos pecados ocorrem. Quando a iluminação é pouca, acidentes acontecem. As pessoas se machucam. Alguns cometem erros. A imagem doméstica também é bíblica. Ela está no Evangelho deste domingo. Assim relatou o evangelista: “Houve um homem chamado João. Ele foi enviado por Deus para falar a respeito da luz. Ele veio para que - por meio dele - todos pudessem ouvir a mensagem e crer nela. João não era a luz, mas veio para falar a respeito da luz. Sim! A luz verdadeira que veio ao mundo e ilumina todas as pessoas” (João 1.6-9). Voltemos ao princípio de tudo, onde Deus afirmou: “Que venha a luz” (Gênesis 1.2). Então, o mundo se iluminou. Tudo na mais perfeita ordem. A criação era o Paraíso. Todavia, tanto o orgulho e a desobediência, quanto o pecado trouxeram trevas ao coração humano. O mundo passou a gemer. O medo tornou-se frequente. Todavia, “ao mundo em trevas resplandeceu a luz”, que é Jesus (Mateus 4.16). Deus vem ao nosso encontro. Ele não nos deixa perdidos no escuro. A missão precisou ser cumprida pelo Messias. Quando Jesus morreu na cruz, as trevas foram intensas. Imagino o terror daquele dia. Todavia, na Páscoa, a pedra rolou e uma nova luz - vinda da sepultura – tomou conta do mundo. O anúncio da ressurreição traz luz e vida. É importante que você nasça de novo! Sugeriu Jesus a Nicodemos (João 3.7). Não seja descrente! Sugeriu Jesus a Tomé (João 20.27). Neste 3º Domingo de Advento, somos desafiados a reparar e aprender com João Batista. Ele recebeu seu chamado antes de nascer. Ele teve uma missão a cumprir. De maneira desapegada e simples, apontou ao “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1.29). Jamais procurou luz própria, antes disse: “Convém que ele brilhe cada vez mais e que eu me apague” (João 3.30). É tempo de Advento. É tempo de iluminar as casas e a cidade. Mas, não devemos esquecer que a luz maior sempre estará na manjedoura de Belém, naquele menino iluminado, a luz do mundo: JESUS! Os profetas anunciaram. João preparou seu caminho. O que você e eu podemos fazer?