Praticamente todas as pessoas têm uma ou mais cicatrizes, decorrentes de acidentes ou cirurgias. Algumas são mais visíveis e chamam a atenção. Dias atrás uma menina fixou os olhos na minha mão esquerda e perguntou: O que você fez aí? Respondi: Um macaco me mordeu! Ela torceu o nariz num misto de espanto e dúvida, se era ou não verdade. Expliquei a situação - fora do comum - que gerou a cicatriz. Ela compreendeu e apontou à cicatriz que tinha no seu joelho, proveniente de um tombo de bicicleta. Naquele momento, ficamos parceiros de dores e curas. Quem não tem cicatrizes? No corpo, nos sentimentos, no passado, no presente, curadas ou meio abertas ainda. Toda ferida precisa ser tratada e curada. “Felizmente” as cicatrizes permanecem. Contudo, a lembrança da dor não deve travar nossa vida. Pelo contrário, é uma forma de alerta para que evitemos “novas” situações perigosas. Por isso, cuide de sua saúde integralmente. Zele pelo bem-estar daqueles que estão próximos. Compartilhe dores e curas. Se necessário, chore ou ria junto. Perceba e valorize a vida com suas lições.
Suely de Farias compôs o belo hino “Cura, Senhor”.