Passei a minha infância em Santa Rosa. Na época a maior loja era a Ferramis, que oferecia de tudo um pouco, de LPs às ferramentas. As possibilidades enchiam os meus pequenos olhos. Todavia, o bolso de menino estava vazio. Mas, valia a pena visitar e sonhar com uma Monark. O menino cresceu e mudou de cidade. As lojas viraram shoppings. As possibilidades e os sonhos se multiplicaram. Mas, o dinheiro? Dias atrás entrei na Declathon. Dava para passar a tarde diante somente das bicicletas, de tanta oferta. Mas, sequer era isso o que eu procurava. Mas, não deixei de recordar a minha infância. Antigamente, se comprava um disco no dinheiro, ajuntando moedas numa latinha de Nescau. Hoje, o Pix permite aquisições com um dinheiro que não se vê, o qual às vezes sequer existe, criando uma dívida impagável. Vivemos num mundo onde a Bíblia, que para alguns é ultrapassada, se tornou atualíssima. O mandamento da cobiça está voga não como proibição, mas estilo de vida. Sempre desejamos aquilo que não temos, esquecendo de dar graças pelo que já alcançamos. O maligno se aproveita direto fazendo de conta de que não é nada aquela recomendação de Cristo: “Os olhos são a lâmpada do corpo” (Mateus 6.22). O estilo de vida segue o que os olhos cobiçam. Mesmo pouco possuindo, queremos ter tudo, às vezes a todo custo. É preciso reflexão, bom senso e conversão aos valores do Evangelho, que incluem contentamento e simplicidade.
Na voz de Kalebe, um clássico da música sacra “Espírito Enche a Minha Vida”...