“ Vós sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamarmos as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a maravilhosa luz” (1 Pedro 2.9 )
O planeta terra em seu processo rotatório, gira de forma que sempre há uma parte com luz e outra na escuridão, e vice-versa.
O povo escolhido por Deus é chamados a ser luz para o mundo, que em algumas vezes e situações se apresenta em trevas. Somos chamados a sermos sacerdotes santos, povo de propriedade exclusiva de Deus.
Neste sentido não é raro avistarmos, na entrada de inúmeras cidades o dizer: “Esta cidade (........) é de Jesus Cristo”. Este dizer é uma forma de dar testemunho público e marcar território. De modo semelhante a imagem do Cristo Redentor no Rio de Janeiro, quer dizer que o Brasil é de Jesus Cristo, e aqui Cristo e o povo cristão te recebe de braços abertos. Na lógica das Imagens e dos letreiros é fácil e conveniente se denominar cristão em território de Cristo.
Mas se em inúmeros locais desse País, não se reflete na prática o ser Cristão de fato, não seria a hora de uma cruzada Cristã, para recristianizar o Pais?
Estas ocorrem na atualidade, quando se move o contingente político, econômico, militar e religioso, por ocasiões de visitas de personalidades religiosas, Shows da fé em eventos especiais, atos de cunho religiosos em praças públicas, a participação de políticos partidários em atos religiosos, a construção de praças da Bíblia e outros mais; como placas e adesivos de toda ordem e natureza. Não poderíamos denominar esta situação como cruzadas da atualidade?
Cabe nos perguntar: É por ai o caminho? Grandes cruzadas históricas deixaram um testemunho geralmente cruel e negativo. De modo semelhante, o que podemos denominar de novas cruzadas da fé, mantém a pessoa em seu anonimato, de forma que terminado o evento acaba-se também a ação e o engajamento. O desgaste do adesivo muitas vezes leva a simples troca por outro, não despertando a pessoa para o viver comunitário e social.
Neste contexto, falta-nos a real convivência, o exercício do Sacerdócio Santo a partir da comunidade, onde se ouve a Palavra, que terá reflexos de luz para a sociedade e o País que nem sempre reflete o seu chamado de ser nação santa.
E você já parou para refletir: És adepto dos grandes eventos religiosos? Ou da convivência comunitária? Finalizando, lembramos da Palavra de Deus: “Sejam santos porque eu sou Santo” (1 Pedro 1.16)
Pastor Vice - Sinodal no Sínodo da Amazônia
Élson Lauri Rysdyd - Ariquemes/RO