Prédicas e Meditações



ID: 2931

Saber portar-se na adversidade - Romanos 5.1-6

04/05/2017

Todos nós estamos sujeitos à adversidade. É a ameaça do desemprego, um conflito familiar, uma enfermidade, pessoas querendo te prejudicar, um acidente. O texto inicia falando sobre a fé e a paz, mas lá no v.3 vem a palavra: “tribulação”. Ela trata de opressão, aflição, circunstâncias difíceis. Não achamos nada bom quando a vida está envolvida em tribulação. Mas, vamos hoje conhecer alguns aspectos da adversidade.

Quais são as causas da tribulação? Pode ser a imprudência. É quando a adversidade ocorre por nossa culpa. “Eles semearam ventos e colherão tempestades” (Oséias 8.7). É a atitude errada, palavra precipitada, ação fora da vontade de Deus e eis a luta chegando! A tribulação pode acontecer por permissão de Deus. Como assim? Algumas situações podemos lembrar: há pessoas que caem em pecado e se acostumam com ele. Não querem deixar uma prática que é contrária à vontade de Deus e que prejudica a vida e os relacionamentos. Não há arrependimento e nem confissão do pecado ao Senhor. “Quem tenta esconder os seus pecados não terá sucesso na vida, mas Deus tem misericórdia de quem confessa os seus pecados e os abandona” (Pv 28.13). Neste caso, a adversidade pode ser o meio que Deus usa para abrir os olhos e gerar mudança de vida. Há ainda a frieza. Quer dizer, a pessoa pode tornar-se fria e indiferente às coisas de Deus. Está com grana e paga as contas, já não precisa da comunhão com Deus. Mas também as muitas bênçãos podem esfriar a confiança no Senhor. “Quem está com o estômago cheio rejeita até o mel; mas, para quem está com fome, até a comida amarga é doce” (Pv 27.7). Na dificuldade buscava com todas as forças a Deus, mas depois que sua oração foi atendida esqueceu-se do Senhor. Mas há também o cristão fiel que enfrenta tempos de tribulação. Pode até passar, então, por dúvidas, mas é Deus que está à frente para que frutifique ainda mais.

Quando enfrentar uma adversidade procure não transferir responsabilidades. Há pessoas que querem sempre achar algum culpado quando enfrentam dias difíceis. Alguém para pôr a culpa. Lembremos de Davi que, após o profeta lhe abrir os olhos disse: “Eu pequei contra Deus, o Senhor. Natã respondeu: O Senhor perdoou o seu pecado; você não morrerá” (2Sm 12.13). Na adversidade, não se isole. Busque ajuda, orientação, oração, alguém de confiança. Essa atitude é fundamental dentro da família, para que ali seja sempre um espaço de apoio e consolo mútuo.

O texto de Romanos nos ensina que podemos crescer, ainda que em meio à adversidade.
Existe o lado positivo da adversidade. É preciso conhecê-lo. No tempo próprio o Senhor transformará o mal em bem, tribulação em bênção. Somos lembrados da paz que nasce por termos sido justificados (v.1). Há sempre uma grande diferença entre a pessoa que crê no Senhor Jesus e quem não crê. O crente terá motivo para gloriar-se (v.3). A tribulação no ensina a perseverança (v.3). Enquanto você espera, o Espírito Santo de Deus em tua vida age. Lembremos da rota do Egito para a terra prometida. Israel levaria cerca de um mês. Deus os levou por um caminho que levou 40 anos. Por que ele fez isso? “Lembrem-se de como o Senhor, o seu Deus, os conduziu por todo o caminho no deserto, durante esses quarenta anos, para humilhá-los e pô-los à prova, a fim de conhecer suas intenções” (Dt 8.2). Deus queria que eles chegassem à terra prometida? Claro! Mas sua preocupação não era que chegassem logo, mas que chegassem preparados. Daí que da tribulação vem a experiência (v.4). Aprendemos a nos apegar ainda mais a Deus e conhecer seu agir em nossa vida: “Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor de todas o livra” (Sl 34.19). Assim, na tribulação experimentamos a esperança (v.4). Ela nos faz olhar à frente e esperar o bem. Com ela encaramos as coisas de modo melhor. Mas, quando se está em meio à tribulação, é fácil encontrar algo do que reclamar. Na saída do Egito o povo poderia ter se concentrado no agir de Deus e nas suas maravilhas. O povo preferiu concentrar-se nos problemas. E você? Para onde está olhando? Para o maná ou para as desgraças? Para um presente ou um problema? A fé gera esperança! Lembre-se: existem mais coisas na vida do que aquilo que nossos olhos conseguem enxergar.

Então, como podemos encarar as adversidades? Primeiro, procure se auto examinar. Pergunte a si mesmo o motivo de estar passando por determinada situação. Busque a Deus e ele dará resposta: vai mostrar saída, amenizar, dar forças. Talvez você verá que precisa corrigir algo em sua vida. Mas lembre-se que seus erros não são fatais. O único que poderia condenar, providenciou uma saída para perdoar. Segundo, descubra suas possibilidades e lute. Não fique parado; mas vá em direção a dias melhores. A tribulação não faz a sua vida ser fútil! Nossos pensamentos e sentimentos podem ficar confusos na tribulação, mas em Cristo está a verdade sobre a sua vida! E Ele te ama! Deus moverá sua forte mão em teu favor e será auxílio: “Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei cousas grandes e ocultas, que não sabes” (Jr 33.3). Terceiro, não perca a fé na misericórdia do Senhor. Nunca deixe de olhar para o Senhor como aquele que te ama e quer estar sempre contigo. Livramento Ele dará. Na tua fé reconheça que Deus esteve e estará sempre no comando de sua vida. Amém.
 


Autor(a): P. Astor Albrecht
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 42207

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