Prédicas e Meditações



ID: 2931

ROSAS E ESPINHOS

22/08/2017

A vida tem desses acontecimentos. Às vezes as pessoas reconhecem seus limites e tendem a se tornar introspectivas. Ao longo dos dias, meses e anos carregamos situações e conflitos dentro de nosso ser que podem ser um limitador para a mudança. Este peso emocional tende a ser visto pelo ser humano como muito caro para a troca de atitude. Neste sentido a rosa pode nos ajudar a compreender, pois a beleza que ela transparece vem depois dos espinhos. Não é possível sem mudança genética uma rosa sem espinho. Para ter a rosa (amor) têm-se os espinhos (atitudes). Esses dois formam um conjunto indivisível em sua formação natural. Da mesma forma, ocorre na vida daqueles que amam ao Senhor, para se viver uma existência feliz é necessário atitude.

Sendo assim, Nos dias do acontecimento florescia na cidade de Jericó um intenso comércio de passagem, principalmente de bálsamo. O bálsamo (substância oleógena aromática) ali produzido e pesadamente tributado foi à razão de que ali se instalasse uma coletoria superior, p. ex., à de Cafarnaum (cf. Lc 5.27). O architelones citado no texto grego não era um funcionário público, mas um simples coletor de impostos (Lc 3.12; 15.1), um agente do arrendatário geral dos tributos, porém em cargo de direção. Desde os tempos de César os tributos não eram recolhidos diretamente pelo Estado, mas arrendados por um tempo considerável, geralmente um lustrum (período de cinco anos).

Zaqueu deve ter ouvido muitas coisas acerca de Jesus. Em vão, porém, ele se esforçava para encontrar um lugar que lhe permitisse ver o Salvador. Sua baixa estatura o limitava e não podia satisfazer seu grande anseio. Zaqueu queria ver Jesus. Depois que Zaqueu acompanhou a multidão por certo tempo, sem alcançar seu objetivo, ele passa correndo à frente e sobe no sicômoro. Este é uma amoreira com galhos baixos e fácil de escalar.

Está escrito: “Quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, disse-lhe: Zaqueu desce depressa, pois tenho de ficar hoje em tua casa.” Jesus encontrou aquele que subira na árvore, chamou-o pelo nome, olhou dentro do seu coração e convidou-se para ser hóspede na casa dele. Desta forma, o nosso Senhor Jesus Cristo percebe a humanidade do Zaqueu. Jesus chama Zaqueu pelo nome, assim como o próprio Deus também chama seus redimidos pelo nome (Is 43.1).

Zaqueu não se espantou, nenhum protesto aflorou em seus lábios. Tampouco vergonha, mas ele foi subitamente conquistado para o Senhor. Por essa razão acolheu com alegria o hóspede famoso ainda que na multidão dominada por preconceitos manifesta-se mais uma vez a insatisfação geral.

O mestre não estava preocupado com os murmúrios, mas estava feliz pelo reconhecimento ao qual Zaqueu chegou. Ele era pequeno, não era reconhecido como a melhor pessoa da cidade e não tinha acesso aos cuidados de Jesus Cristo. Mas isso não foi problema e ele teve atitude para tentar algo. Talvez, seja isso que chamou a atenção do Mestre. A mudança ocorre quando a pessoa encontra forças e suas atitudes fazem a diferença.

Que o bondoso Deus nos ajude a termos as atitudes necessárias para alçarmos uma vida melhor. Amém.
 


Autor(a): P. Natanael da Silva
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Testamento: Novo / Livro: Lucas / Capitulo: 19 / Versículo Inicial: 1 / Versículo Final: 10
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 43420

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