Quando os homens chegaram junto dele, disseram: João Batista enviou-nos para te perguntar: És tu aquele que estava para vir ou esperaremos outro? Naquela mesma hora, curou Jesus muitos de moléstias, e flagelos, e de espíritos malignos; e deu vista a muitos cegos. Então, Jesus lhes respondeu: Ide e anunciai a João o que vistes e ouvistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres, anuncia-se-lhes o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço. Lucas 7. 20-23
Em dado momento da vida de João Batista, que era o profeta precursor do Messias prometido, surgiram-lhe perguntas e dúvidas a respeito de Jesus. Talvez João, sendo judeu, tinha alguma expectativa humana, semelhante aos seus compatriotas; que esperavam um Messias poderoso como o rei Davi. Que libertasse Israel do domínio dos romanos e implantasse sobre a terra o reino prometido. Mas percebeu que o ministério de Jesus contrastava com essa expectativa.
Então, em meio as suas perguntas, ele manda uma comitiva para tirar as dúvidas com o próprio Jesus. E antes de responder, Jesus fez muitos milagres à vista dessa comitiva, restaurando a saúde e a vida da gente sofrida que estava ali em derredor. Estes foram sinais claros que apontavam o cumprimento das profecias do Antigo Testamento, cf. Isaías 35.5,6 e 61.1,2; que apontam o Messias prometido como servo e não como um poderoso político. Que veio para servir e não para ser servido. E nisso, de fato, contrasta com os poderosos deste mundo.
Então Jesus manda a comitiva retornar para junto de João Batista, para lhe relatar o que viram e ouviram. Enfim, testemunhar-lhe todos os sinais messiânicos que viram nas obras de Jesus em favor das pessoas necessitadas. João, como profeta, ouvindo detalhadamente esses relatos, por meio de testemunhas oculares e de confiança pessoal,teve suas dúvidas perfeitamente esclarecidas. De modo incontestável, agora sabia que Jesus é o Salvador prometido para a humanidade pecadora e carente. E assim pôde desfrutar de perfeita paz. Sabia então, que a pessoa de Jesus é a resposta de Deus,para sanar todas as dúvidas da humanidade, de todos os tempos. Que trouxe o Reino prometido de Deus, que não se enquadra nos esquemas desse mundo corrompido em que vivemos, marcado pelo sofrimento, que é fruto do pecado humano.
Nesse Reino eterno, Jesus como Rei e Senhor faz de sua vida um serviço para resgatar gente amada por Deus. E essa graça é oferecida a todas as pessoas, por meio da fé. E aqui vale lembrar as palavras que o reformador Martim Lutero disse: crer em Cristo significa receber os seus benefícios.
Diante disso, que nós possamos também chegar a de Jesus, pela fé, com nossas necessidades, fraquezas, pecados e perguntas. Ele é a amável resposta de Deus também para nossas perguntas no século XXI. Pois é o único Senhor e Salvador. Ele continua a receber e acolher quem nele crê. Como disse e está registrado em João 6.37: Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim, e o que vem a mim de modo nenhum o lançarei fora.
Ele é a nossa paz (Mq 5.5). Que também nos ensina um novo modo de pensar e viver, marcado pelo seu amor, onde aprendemos com ele a servir e não querer ser servidos. Pois quem por ele foi servido, agora aprendeu a lição de também servir aos outros. Pois pela fé, passamos a pensar, a falar e a fazer como Jesus fez a nós. Afinal agora Ele governa toda nossa vida, por meio do seu amor. O hino 321 do Livro de Canto da IECLB fica como sugestão para enriquecer essa reflexão. Que tal você aprender acantar esse hino junto com sua família e comunidade?