“Ele nos libertou do poder das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, em quem temos a redenção, a remissão dos pecados. Colossenses 1.13 e 14
Em Colossenses o apóstolo Paulo descreve não só a pessoa de Jesus Cristo, como também a Sua obra, a obra da reconciliação. A expressão reconciliação traz a ideia não só de aproximação, mas a de trazer para mais perto algo que estava longe ou afastado. É um relacionamento restaurado, e agora mais íntimo e profundo. A reconciliação traz ainda a ideia de restauração, de cura, de algo que estava enfermo, machucado.
A ênfase maior na reconciliação em Jesus é o relacionamento - acima de tudo, o relacionamento entre o Criador e Sua criatura, entre Deus e o ser humano que, por causa do pecado de Adão, do Primeiro Homem, o relacionamento que havia entre ele e Deus, entre o Criador e a criatura, outrora sem barreiras ou fronteiras, agora estava rompido, fechado. Assim, nosso relacionamento com Deus foi quebrado por causa do pecado, ou seja, por causa de uma escolha errada do Primeiro Homem.
Geralmente, quando as pessoas se frustram nos relacionamentos, elas se fecham em si e procuram substituir essa frustração por qualquer outra coisa, como: trabalho excessivo, jogos, internet, bebidas, drogas etc. A pessoa, sem Deus, está aberta à toda influência do mal. Quando não se busca a Deus, a maldade se multiplica. Gêneses 6.5. Resultando então a maldade, as atrocidades, a violência, etc.
Mas Deus fez o ser humano para se relacionar com Ele. E certa vez alguém disse: “viemos de Deus e por isso temos saudades Dele”. Talvez por isso é que haja em nós um grande potencial e necessidade para relacionamentos. Na fase da adolescência, por exemplo, percebe-se a necessidade que o adolescente tem de falar com alguém. Senhoras, na hidroginástica, frequentam a academia para, principalmente, dialogarem, baterem papo, e não somente para se exercitarem.
Em Jesus fomos reconciliados com Deus e o ser humano que se reconcilia com Deus, mediante Jesus, experimenta do Seu amor incondicional e eterno. Deus não nos deixa nem nos desampara. Ele está conosco nos momentos de alegria e de tristeza. Assim disse Jesus: “E eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos. Mateus 28.20b.
O que mais nos comove acerca do amor de Deus para conosco é que esse amor nos traz dignidade e valor. Quando somos inundados, cheios desse amor, aprendemos também a respeitar o outro e conferir-lhe, igualmente, dignidade e valor. Mateus 22.37-40. Basta ver como foi o relacionamento de Jesus com seus discípulos, seguidores e principalmente com as pessoas sofridas. E quando somos tocados por esse amor, somos tocados nos nossos relacionamentos com a outra pessoa e com o próprio Deus.
O Espírito Santo, diz o apóstolo Paulo, é quem propicia essa reconciliação 1° Coríntias. 5.1-8. Deus assim então nos reconciliou Consigo mesmo e nos fez agentes de reconciliação. Talvez por isso que Jesus tenha dito no Grande Sermão sobre as Bem-Aventuranças: Os pacificadores serão chamados filhos de Deus.
Que Deus nos abençoe e nos guarde no seu amor para que reconciliados com Ele possamos, também ser benção e aproximar pessoas umas das outras e com Deus. Amém.
Diácono Dirceu Quinot