“O SENHOR Deus diz: ‘Grite com toda a força, sem parar! Grite alto, como se você fosse trombeta! Anuncie ao meu povo, os descendentes de Jacó, os seus pecados e as suas maldades’” (Isaías 58.1).
Irmãos/ãs em Cristo.
O povo de Israel se encontra em terra estrangeira. Desta forma, sem a possibilidade de oferecer sacrifícios no templo, o povo de Deus passa a realizar enfaticamente a prática de jejuns. Na verdade, eles capricharam para praticar sua religião de maneira rigorosa, com muito zelo. Então, por que Deus envia o profeta para anunciar ao povo “os seus pecados e as suas maldades”?
Evidentemente o bom judeu da época deixava de lado seus afazeres, seu trabalho por um período para dedicar-se à vida espiritual de jejum. Os que tinham condições, viajavam até onde ficavam os sacerdotes para fazer isso (Zacarias 7.5). No entanto, para não deixar seus negócios parados, eles continuavam cuidando “dos seus próprios interesses” durante o período do jejum e, ainda, deixavam os da sua casa com uma lista de tarefas a serem executadas em sua ausência. Além disso, eles jejuavam e cobravam resultados (Isaías 58.5).
Deus aponta ainda outro problema: “Vocês passam os dias de jejum discutindo e brigando e chegam até a bater uns nos outros. Será que vocês pensam que, quando jejuam assim, eu vou ouvir as suas orações” (Isaías 58.4). O povo praticava uma religiosidade externa, mas o coração não estava em Deus e sua prática não buscava a vontade do Senhor.
A orientação de Deus é para que o profeta Isaías aponte para aquilo que o Senhor espera que seu povo pratique: “Não! Não é esse o jejum que eu quero. Eu quero que soltem aqueles que foram presos injustamente, que tirem de cima deles o peso que os faz sofrer, que ponham em liberdade os que estão sendo oprimidos, que acabem com todo tipo de escravidão. O jejum que me agrada é que vocês repartam a sua comida com os famintos, que recebam em casa os pobres que estão desabrigados, que dêem roupas aos que não têm e que nunca deixem de socorrer os seus parentes” (Isaías 58.6-7).
A mensagem é clara: As pessoas se preocupavam em fazer jejuns, mostravam-se aflitas pela fome e sede, mas não observavam o mais importante na Lei divina, que é o amor ao próximo. Deus espera de nós uma fé verdadeira, que nos leva a uma vida de comunhão, misericórdia e justiça com as pessoas, diante do Senhor. Qual é o testemunho que temos dado de nossa fé? Nossas atitudes correspondem ao que Deus espera de nós?
Lembremo-nos: “Deus espera de mim, muito mais do que louvor. Precisa de mim pra cuidar de tudo que Ele criou, pra espalhar o seu amor. Assim Deus precisa de mim” (Ernani Luís).
Oração: Amado Deus! Tu nos deste a vida e nos despertaste para a fé em Jesus. Fortalece e orienta-nos, através da tua palavra, para que o nosso culto seja autêntico e nossa fé seja sincera e atuante. Em nome de Jesus, nosso Senhor e Salvador. Amém.
P. Ismar Schiefelbein
Pastor Sinodal do
Sínodo Espírito Santo a Belém
reside em Vitória/ES