Prédicas e Meditações



ID: 2931

Quão preciosa é a gratidão!

05/09/2018

Certo rapaz tinha do bom e do melhor. Ele vivia com sua família. Todos os dias ele recebia uma cama quentinha, roupa lavada e comida saborosa. Não lhe faltava o PÃO! Todo fim de semana o pai lhe dava um dinheirinho. Então, ele ia com seu irmão e amigos jogar futebol. Ele estudava, trabalhava, divertia-se... Toda manhã agradecia a Deus pelas bênçãos... Vivia de bem com Deus, com o pai, a mãe e seu irmão. Certo dia, porém, deixou de agradecer a Deus. Então, o trabalho ficou mais pesado. Já se encrencou com o irmão. Não dava a mesma atenção às ordens do pai. Ele sempre foi um rapaz contente com a vida. Mas, quando começou a esquecer-se de agradecer, tudo ficou diferente no seu coração, nas suas relações. Vivia descontente. Certa manhã, no trabalho, disse ao irmão: Estou cansado... Quero ir embora... Quero experimentar algo novo! Preparou-se, tomou coragem e foi apresentar ao pai o seu desejo de mudança, não sabendo bem como ele iria reagir. O pai perguntou: Está te faltando alguma coisa? Como posso ajudar? Você precisa de mais dinheiro? Eu tenho tudo, menos espaço e liberdade. Já estou no trabalho há cinco anos. Dê-me os meus direitos, porque quero ir embora... Mas, tudo isso que está à sua volta é seu... É sua herança. Eu e sua mãe... Disse o pai... Logo passamos à eternidade. Tudo será seu e do seu irmão. Vocês é que precisam cuidar. Não quero esperar mais. Quero partir. Arranje-me algum dinheiro. Não importa a quantia. Assim ajuntou sua mochila, seu dinheiro e sua vontade de partir. Viajou para uma terra distante, onde começou a “aproveitar” a vida, segundo os desejos do seu coração. Dia após dia, farra e mais farra... Jogos, bebidas, mulheres... Todo conforto e mordomia que o dinheiro lhe permitia. Mas, o dinheiro chegou ao fim. A vontade de fazer festa, não. Os amigos da farra sumiram como o dinheiro. E, agora? Sequer havia grana para um lanche... Sequer havia lugar para dormir... Vivia de esmolas. Dormia na praça. Certo dia, um homem se apiedou dele, levando-o consigo à sua fazenda. Podia dormir no rancho. Recebia restos de comida. A miséria era tanta, a fome era tanta que, mesmo tendo mil e uma razões para se queixar... Começou a agradecer pelas migalhas de comida, pelo monte de capim que deitava seu corpo. De repente, ocorreu uma reviravolta no seu coração... Na medida em que agradecia a Deus, a sua mente começou a recobrar a razão. Ele lembrou-se do travesseiro quentinho no qual deitava sua cabeça em casa. Do nada, lhe veio às narinas o cheiro perfumado das roupas passadas e dobradas pela mãe. Contudo, a principal lembrança... O pão na mesa, o convívio na família, a amizade com o irmão e amigos. Naquela madrugada cheia de boas recordações, agradeceu a Deus pela vida, pela maturidade e decidiu: Voltarei para a minha casa. Tomara que minha família me aceite de novo. Saiu de casa cheio da razão... Com os bolsos cheios de grana... Voltou em farrapos, com um coração humilde e grato. Eis que o PAI estava de braços abertos, aguardando-o. Ao aproximar-se disse: Seja bem-vindo. Esse é o teu LAR!


Autor(a): P. Euclécio Schieck
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: Garuva-SC (Martinho Lutero)
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Testamento: Novo / Livro: Lucas / Capitulo: 15
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 48703

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Muitos bens não nos consolam tanto quanto um coração alegre.
Martim Lutero
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