Assim diz a Palavra: “As pessoas costumam observar a aparência. Porém, Deus vê o coração” (1º Samuel 16.7). Lembro-me nitidamente da minha adolescência, quando levei um “pito” de uma mulher na igreja, pois estava de camiseta de “educação física”. Na opinião dela, eu não deveria usar aquela roupa no culto. Tentei explicar que, depois do culto, iríamos jogar vôlei. Mas, pouco adiantou. Concordo plenamente que devemos nos vestir bem para ir à casa de Deus. Mas, o “bem” é relativo. Para alguns, significa chique e bonito. Para outros, confortável. Certa vez, no Culto de Confirmação, um adolescente me disse que não via a hora de tirar o sapato e a gravata, pois apertava em cima e embaixo. Será que o menino estava atento ao culto? Uma solução bem simples à questão é refletir se o meu jeito de vestir agrada ou não a Deus, tanto na igreja, quanto fora dela. Vou terminar a reflexão com outra recordação muito especial que guardo no coração. Na minha primeira paróquia, havia uma comunidade chamada Rio de Tráz (com “z” mesmo). Era interior com estradas precárias. Os membros eram bem participativos. Eles vinham de longe com sol ou chuva, de carro, tobatta ou a pé. Aliás, em dias chuvosos era costume ver muitos de pés descalços no culto, sem preconceito algum. Lembro-me também que cantavam forte, com a boca e o coração. Com certeza, Deus não estava de olho nos pés da turma, mas ouvia o louvor saindo de seus corações.
Com Fernanda Takai, “Simplicidade”...