O rei ofereceu um prêmio ao artista que fosse capaz de captar numa pintura a paz perfeita, a qual seria exposta no palácio. Muitos os artistas se apresentaram com suas obras. Ele observou e admirou todas as pinturas com muita atenção. Mas, por fim, sobraram duas que realmente o comoveram. Apenas uma seria a vencedora. A primeira mostrava um lago muito tranquilo. Era um espelho perfeito, onde se refletiam as plácidas montanhas que o rodeavam. Sobre elas encontrava-se um céu muito azul com tênues nuvens brancas. Todos aqueles que olhavam à pintura sentiam-se em paz. A segunda obra também tinha montanhas ao fundo. Mas, eram íngremes. Estavam despidas de vegetação. Sobre elas havia um céu tempestuoso, com trovões no horizonte. Montanha abaixo parecia retumbar uma espumosa cachoeira. Era uma obra que, à primeira vista, transmitia agitação. Contudo, esta foi a escolhida pelo rei, causando espanto. Humildemente, o conselheiro pediu ao monarca que explicasse o que enxergava na obra. Noutras palavras, pediu que explicasse sua decisão. O rei havia reparado nos detalhes. Atrás da cachoeira, de maneira quase imperceptível, o artista pintou um arbusto crescendo na fenda da rocha. Neste arbusto encontrava-se um ninho. Ali, entre as pontas de rocha e o ruído das águas, estava uma mãe placidamente sentada no seu ninho, cuidando da sua prole. Eis a paz perfeita! Continuou o rei: Paz não significa estar num lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo ou sem dor. Paz significa que, apesar de se estar no meio de tudo isso, permanecemos calmos e seguros no nosso coração. Este é o verdadeiro significado da paz. Leia Mateus 11.28-30.